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domingo, 10 de fevereiro de 2013

TIREM ESTE ACTOR DE CENA!


Retirar dez mil a cem mil é uma coisa; roubar cem euros a quem tem mil euros é outra bem diferente. Poder-se-á dizer que ele estava a falar do país, de uma forma global, mas também por aí, sabe-se, que a austeridade acaba por se reflectir nas pessoas. E é isto que este senhor parece não entender ou, se entende, politicamente, é uma nulidade. Politicamente e não só, porque do ponto de vista social, apresenta-se como um egoísta para não dizer desumano.


Ele que vá por esse Portugal fora
e tenha a coragem de dizer isso aos milhões
de pobres e aos desempregados!
Há frases que dão a volta ao estômago. Questionou-se o famigerado António Borges, consultor do governo da República: "O que é a austeridade? A austeridade é viver dentro dos nossos meios". 
Ao ler esta declaração senti, confesso, uma enorme repulsa por este sem vergonha na cara. Não há outra maneira de o dizer. O que aquela declaração significa é que ele pode, com os seus milhares ou, porventura, milhões, mesmo com  algum agravamento fiscal, manter o seu tipo de vida, porque está dentro dos seus "meios", quanto aos outros, os da ex-classe média, os que eram remediados e os pobres e excluídos, esses, não, têm de apertar, aguentar e sofrer porque os seus "meios" não permitem mais. Retirar dez mil a cem mil é uma coisa; roubar cem euros a quem tem mil euros é outra bem diferente. Poder-se-á dizer que ele estava a falar do país, de uma forma global, mas também por aí, sabe-se, que a austeridade acaba por se reflectir nas pessoas. E é isto que este senhor parece não entender ou, se entende, politicamente, é uma nulidade. Politicamente e não só, porque do ponto de vista social, apresenta-se como um egoísta para não dizer desumano.
Ora bem, a quem estamos entregues! Um, o Ulrich, depois de dizer que o povo "aguenta, aguenta" e, mais tarde de ter comparado os sem abrigo com os que têm essa necessidade primária resolvida, vem um tal Borges dizer que temos de viver "dentro dos nossos meios". Mas quais meios? Aqueles que tínhamos e que estão a ser, sucessivamente, roubados como não há memória? Os que dispúnhamos e que nos faziam, ainda assim, estar na cauda da Europa do bem-estar, com mais de dois milhões de pobres? Como vulgarmente se diz, por favor, desampare-me a loja, porque já não há paciência. 
Ilustração: Google Imagens.

3 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro André Escórcio

Estes homens estão com medo porque, lá bem no fundo, sabem que o povo não aguenta tudo. Para o acalmar, só lhes falta prometer o céu (apesar da história do camelo e da agulha...)
Mas o medo é mau conselheiro. E só botam barbaridades da boca para fora.

Unknown disse...

Peço que divulgue esta petição contra esses deputados que estão sempre contra a Madeira:
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N35450
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira
Dr. Miguel Mendonça,

Os subscritores desta petição são cidadãos conscientes da realidade política da Madeira e preocupados com o comportamento que alguns deputados eleitos por todos os madeirenses e porto-santenses insistem em ter e a forma como tratam os madeirenses na Assembleia Legislativa da Madeira.
Os subscritores exigem que seja marcada falta injustificada, quando os deputados abandonem as sessões, seja em votação, seja em qualquer iniciativa, até que percam o mandato.

Temos assistindo constantemente à falta de certos deputados em algumas votações e só depois das propostas estarem aprovadas é que vão reivindicar e fazer demagogia na comunicação social. Se um deputado não estiver de início ao fim nas sessões deverá ser marcada falta injustificada, se o referido deputado não apresentar razões plausíveis para justificar a sua ausência do parlamento, como qualquer trabalhador tem de fazer se faltar ao trabalho. Se um trabalhador desconta no seu salário quando falta, por que razão um deputado não é obrigado a fazer o mesmo? Estas ditas formas de protesto dos deputados não são protestos, são sim uma falta de respeito com todos os madeirenses que exigem que os deputados respeitem o povo que lhes paga os altos salários de deputados.

Pelo exposto, pede-se que seja alterado o regimento da Assembleia Legislativa da Madeira e que os deputados sejam responsabilizados pelos seus actos.

Os signatários,
Luís Gonçalves Fonseca

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N35450

André Escórcio disse...

Exmo. Senhor,
Os deputados não estão contra a Madeira. Eles foram eleitos para estudar, apresentar e debater as propostas. No caso do governo regional o mesmo se coloca: apresentar propostas, debatê-las e governar. A Democracia impõe que o debate aconteça em sede própria, logo o Governo tem o dever de se apresentar na Assembleia para apresentar e sujeitar-se ao debate com a oposição. Quando o governo não cumpre esta regra elementar da democracia, logo, é correcto que toda a oposição abandone o hemiciclo.
O que o senhor propõe equivale então dizer que o Presidente do Governo, que nunca comparece na Assembleia (para além do programa de governo e orçamento), há muito que deveria estar DEMITIDO.