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segunda-feira, 27 de maio de 2013

UM PRESIDENTE GROTESCO E CARICATO!


"Palhaço". Tal como o jornalista e escritor já o admitiu, pode ter sido excessivo. Há outras formas de dizer exactamente o mesmo e Miguel Sousa Tavares tem dito através da notável capacidade que tem. Mas se aquela caracterização se verificou é porque resulta de milhares, talvez milhões, que não se revêem nas atitudes do Presidente da República. Digamos que se colocou a jeito, muito a jeito, face a tantas "palhaçadas" políticas. Basta percorrer a comunicação social em geral, os blogues, as redes sociais, ter presente o que dizem os comentadores e figuras com altas responsabilidades e logo nos aperceberemos que há uma onda de total descrédito relativamente ao Doutor Cavaco Silva. Interpreto, assim, a caracterização de "palhaço" pelas cenas ridículas e burlescas que temos vindo a assistir. É presidente, mas parece que não é, evoca Nossa Senhora de Fátima como inspiradora das relações de Portugal com a "troika" e, perante um povo completamente encostado à parede, discute o pós-troika ao invés dos grandes dossiês da governação. Se isto não é politicamente grotesco e caricato, digam-me lá o que é! É que já vamos em 7 anos de palhaçadas políticas!


Deixei, intencionalmente, passar uns dias para melhor reflectir. Decidi dar a minha opinião. Com a devida ressalva pela nobreza artística da figura de palhaço, mas em um outro sentido da palavra, admito que Miguel Sousa Tavares tenha sido excessivo. Admito! É evidente que ele não falou da figura institucional "Chefe de Estado", tampouco da figura institucional "Presidente da República", caracterizou, apenas, o cidadão Cavaco Silva que desempenha aquela função. Penso que teria sido mais grave ter dito, por exemplo, que o "nosso Chefe Estado é um palhaço", no sentido mais vulgar da palavra. Mas, enfim, tal como o jornalista e escritor já o admitiu, pode ter sido excessivo. Há outras formas de dizer exactamente o mesmo e Miguel Sousa Tavares tem dito através da notável capacidade que tem. Mas se aquela caracterização se deu é porque resulta de milhares, talvez milhões, que não se revêem nas atitudes do cidadão Cavaco Silva. Digamos que se colocou a jeito, muito a jeito, face a tantas "palhaçadas" políticas. Basta percorrer a comunicação social em geral, os blogues, as redes sociais, ter presente o que dizem os comentadores e figuras com altas responsabilidades e logo nos aperceberemos que há uma onda de total descrédito relativamente ao Doutor Cavaco Silva. Ainda ontem o movimento "que se lixe a troika" distribuiu, dizem, 40.000 cartões vermelhos para serem exibidos ao Presidente da República, no Jamor, no momento da entrega da Taça de Portugal. Interpreto, assim, a caracterização de "palhaço" pelas cenas ridículas e burlescas que temos vindo a assistir. É presidente, mas parece que não é, evoca Nossa Senhora de Fátima como inspiradora das relações de Portugal com a "troika" e, perante um povo completamente encostado à parede, discute o pós-troika ao invés dos grandes dossiês da governação. Se isto não é politicamente grotesco e caricato, digam-me lá o que é! É que já vamos em 7 anos de palhaçadas políticas!

Vendo pelo mesmo preço que comprei: ontem, caiu-me na caixa de correio electrónico um alegado comunicado da "Associação Portuguesa de Palhaços". Sugestivo! Pouco me interessa a sua origem, se é verdadeiro ou falso, porque o que ele demonstra é o sentimento que por aí anda. Basta ler para perceber  esse sentimento que atravessa a sociedade portuguesa. O Professor Cavaco Silva foi o pior, repito, o pior Presidente da República pós 25 de Abril. Lamento dizer, mas é uma figura política que arrepia, que não gera empatia, que se mostra incapaz de tomar posições no quadro das suas responsabilidades políticas, que mostra uma falsa independência e distanciamento político, quando a prática dita uma absurda colagem ao governo apenas por questões ideológicas. É que não é uma ou outra pessoa a dizer o que eu aqui assumo, são milhares senão milhões, repito, a dizerem o mesmo, que se sentem desprotegidos, sem alguém que seja o fiel da balança nesta pouca-vergonha que se passa em Portugal. O problema é que temos de o aturar (teremos?) até 2016. O drama está aí, por um lado, um governo que afunda Portugal, por outro, um Presidente que não esboça uma tentativa de ajudar a criar futuro. Se um diz mata o outro manda esfolar. É isso que sinto. Quando o vejo acompanhado pela Drª Maria Cavaco sinto um calafrio para não dizer outra coisa. Nada do ponto de vista pessoal, obviamente, mas no que ao exercício da política diz respeito. E aqui vamos.
Ao contrário de olhar para o seu comportamento e para o que se está a passar na sociedade, ao contrário de manter-se discreto, desvalorizando as palavras de Miguel Sousa Tavares, furioso, pediu à Procuradoria Geral da República que verificasse a existência ou não da prática de um crime de ofensa à honra do Presidente da República. Será pior, estou certo, porque se os seus níveis de popularidade andam muito negativos, doravante, os silêncios transformar-se-ão em câmaras de eco. Mas o curioso é que ele se mantém discreto, em prolongado silêncio, sobre os BPN's das nossas vidas, os atropelos à vida dos cidadãos em geral condenando-os à pobreza, o ensurdecedor silêncio (do senhor Silva) sobre o exercício da política na Região Autónoma da Madeira, enfim, tantas e tantas situações face às quais não sentimos a existência daquele que deveria ser o mais "Alto Magistrado da Nação". 
Finalmente, uma pequena nota sobre as consequências: um Acórdão do Tribunal da Relação do de Porto 2007 diz que a "A expressão "és um palhaço", ainda que proferida para manifestar desconsideração, não é ofensiva da honra ou consideração do visado." Mais adiante refere: A palavra palhaço é, como muitas ou, quiçá, como todas as palavras, polissémica. Quando a usamos podemo-nos estar a referir ao comediante cuja intenção é divertir o público através de comportamento e maneirismos ridículos, mas também poderemos querer desconsiderar a pessoa visada com ela. Mas nestes casos, de pluralidade de sentidos, não temos que acolher o significado atribuído pelo visado só porque este se considerou ofendido (...)".
Ilustração: Google Imagens.

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