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sábado, 1 de junho de 2013

JÁ NÃO HÁ PACIÊNCIA PARA ATURAR ESTE PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Com quase um milhão de desempregados, desesperos familiares em catadupa, greve geral no horizonte, greves sectoriais quase todos os dias, manifestações por todo o espaço nacional, pergunto, o que anda a fazer o Presidente da República? O que move esta figurinha da política nacional com o seu comportamento insosso, que vê o País se afundar e que é vaiado, preferir o silêncio às atitudes que lhe compete tomar no quadro das suas responsabilidades? Ora, Mário Soares tem razão, um dia destes isto rebenta, o povo salta para a rua, no desespero a violência acaba por acontecer e pergunta-se, quem é o responsável? Então este homem não tem o dever de zelar pelos interesses nacionais e não pelos interesses partidários? Que Presidente da República é este que se mostra ao serviço de uma cambada de políticos, completamente desfasados da realidade, que apenas obedecem a uma máfia de rostos tapados e cujos interesses não vão além do princípio da exploração dos povos para garantirem uma cada vez maior riqueza? Há muito que aqui escrevo: caminhamos no sentido da tragédia. 

Aposto que vai fazer ricochete!
É uma questão de tempo...

A situação política está cada vez mais negra. As pessoas andam enervadas, extremamente preocupadas, em função da pouca-vergonha política que estamos a viver. Não há dia que não surja mais uma novidade, mais uma situação de agravamento, mais uma cacetada na vida dos portugueses. Estão, fanaticamente, a dar cabo do País e a conduzir o povo para uma delicadíssima situação. Apesar da austeridade, o défice orçamental em contabilidade nacional, a que conta para Bruxelas, terá atingido 8% do Produto Interno Bruto nos primeiros três meses do ano, consumindo assim mais de um terço do défice anual, estimou a  Unidade Técnica de Apoio Orçamental. Os estudos da equipa que trabalha junto da Assembleia da República é para que o défice em contabilidade nacional tenha ficado entre 7,3% e os 8,7%. Os técnicos explicam ainda que as administrações públicas já terão consumido 36% do défice previsto para o conjunto do ano (Negócios online).
"Libertar Portugal da Austeridade", debate que anteontem se realizou na Aula Magna de Lisboa e que juntou toda a esquerda, Mário Soares, ex-Presidente da República foi muito claro ao considerar que o património do Estado português está ser vendido "a retalho" por um Governo "incompetente, sem rumo, que ignora as pessoas e cujos ministros não podem sair à rua sem serem vaiados". E disse mais: "O Presidente da República tem feito tudo para proteger este Governo, que considera legítimo, mas não é verdade que o seja. Quando o povo, que é quem mais ordena, se manifesta praticamente todos os dias contra um Governo que elegeu com base em falsas promessas, que ignora a Constituição da República, não pode nem deve ser considerado legítimo" (...) "É bom para todos nós que o senhor Presidente da República deixe de considerar este Governo como legítimo, porque o povo e todas as classes sociais (dos militares às igrejas, passando pelos funcionários públicos) estão contra ele" (...) "Se continuar (a proteger o Governo), será responsável pela perda de paciência e pacifismo que temos tido até agora e que o povo se torne progressivamente mais violento. Pense senhor Presidente da República nas responsabilidades que lhe serão assacadas", disse.
Esta posição corresponde ao sentimento do povo. Mas não foi só Mário Soares. Pacheco Pereira fez neste contexto uma crítica extensa aos últimos governos, advogando que os portugueses são "ratos de laboratório de meia dúzia de ideias feitas que passam por ser ideologia". Manuel Alegre, ex-candidato à Presidência da República considerou a "situação é dramática. Estamos a assistir à destruição da nossa economia, do Estado social e dos serviços públicos de saúde, educação e segurança social. Estamos a assistir à destruição daquilo que não era apenas democracia formal, mas uma democracia social e avançada". António Pinho Vargas assumiu que a "situação está degradada politicamente. Política e comunicação social misturam-se, alimentando uma espécie de delírio e loucura colectiva. O capital financeiro asfixia tudo à volta, restando a rua como espaço de liberdade (...) quanto ao futuro, não há certezas. Apenas angústias". Para Manuela Ferreira Leite a nova legislação que permite despedimentos na função pública compromete a independência e pode contribuir para um aumento da corrupção no sector público. Num quadro destes, onde aqui estão, apenas, alguns nomes e posições políticas, até o Provedor de Justiça, Alfredo José de Sousa, fala na necessidade de "refrescamento político", isto é, de eleições antecipadas. 
Com quase um milhão de desempregados, desesperos familiares em catadupa, greve geral no horizonte, greves sectoriais quase todos os dias, manifestações por todo o espaço nacional, pergunto, o que anda a fazer o Presidente da República? O que move esta figurinha da política nacional com o seu comportamento insosso, que vê o País se afundar e que é vaiado, preferir o silêncio às atitudes que lhe compete tomar no quadro das suas responsabilidades? Ora, Mário Soares tem razão, um dia destes isto rebenta, o povo salta para a rua, no desespero a violência acaba por acontecer e pergunta-se, quem é o responsável? Então este homem não tem o dever de zelar pelos interesses nacionais e não pelos interesses partidários? Que Presidente da República é este que se mostra ao serviço de uma cambada de políticos, completamente desfasados da realidade, que apenas obedecem a uma máfia de rostos tapados e cujos interesses não vão além do princípio da exploração dos povos para garantirem uma cada vez maior riqueza? Há muito que aqui escrevo: caminhamos no sentido da tragédia. 
Ilustração: Google Imagem.

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