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segunda-feira, 15 de julho de 2013

SOMOS TODOS O QUÊ? FUNCHAL? NÃO, NÃO SOMOS!


Não existe uma concepção da direita política específica daqui ou dali. A direita, tal como a esquerda, genericamente, tem um quadro de referências que identifica a sua postura política. Se assim não fosse, não se encaixavam na globalidade do pensamento caracterizador da sua acção. A mais evidente das diferenças é, por exemplo, o entendimento que existe entre o que deve pertencer ao sector público e o que deve ser do ambiente exclusivamente privado. A direita tem uma apetência pela privatização de tudo, deixando ao Estado a capacidade minimalista de supressão das "falhas de mercado"; a esquerda considera funções do Estado os sectores estratégicos e todos os que se enquadram na defesa dos direitos do Homem: a Saúde, a Educação, a Segurança Social, entre outros. Isto para dizer que as palavras podem ter um sentido, porém, a práxis política, necessariamente, é outra. Porque a prática política filia-se em convicções e em princípios, que acabam por determinar os comportamentos. Não somos, por isso, no plano político, "todos Funchal". Isso equivale a deitar engodo para a água para depois os incautos morderem o isco preso ao anzol. E esse isco, no contexto em que escrevo, significa não só a aplicação das medidas que caracterizam a direita, bem como as possíveis alianças com quem nos conduziu à situação que se vive na Madeira. A proximidade ideológica a isso obriga!


Pertenço ao Funchal, mas não me incluo nessa de "somos todos Funchal". Não o digo apenas por questões ideológicas, mas também. Tenho, e os meus amigos do CDS/PP sabem, no plano meramente pessoal, estima por muitos com quem me cruzei ao longo da vida e nas mais diversas ocasiões e circunstâncias. Há, sinto eu, um respeito mútuo. Mas uma coisa é essa saudável postura social, de sã convivência, outra, as grandes opções que se colocam no plano político. São aspectos completamente diferentes. Na vida não tenho inimigos e na política apenas tenho adversários. Os que de mim não gostam, paciência, que poderei eu fazer? 
Como se não bastassem outras análises mais profundas, históricas, ligadas à cartilha dos princípios e dos valores pela qual se rege a direita política, a recente coligação PSD/CDS no plano nacional, explica tudo ou quase tudo sobre o que são as aparências e os interesses que se escondem para além do discurso político. Não existe uma concepção da direita política específica daqui ou dali. A direita, tal como a esquerda, genericamente, tem um quadro de referências que identifica a sua postura política. Se assim não fosse, não se encaixavam na globalidade do pensamento caracterizador da sua acção. A mais evidente das diferenças é, por exemplo, o entendimento que existe entre o que deve pertencer ao sector público e o que deve ser do ambiente exclusivamente privado. A direita tem uma apetência pela privatização de tudo, deixando ao Estado a capacidade minimalista de supressão das "falhas de mercado"; a esquerda considera funções do Estado os sectores estratégicos e todos os que se enquadram na defesa dos direitos do Homem: a Saúde, a Educação, a Segurança Social, entre outros. 
Isto para dizer que as palavras podem ter um sentido, porém, a práxis política, necessariamente, é outra. Porque a prática política filia-se em convicções e em princípios, que acabam por determinar os comportamentos. Não somos, por isso, no plano político, "todos Funchal". Isso equivale a deitar engodo para a água para depois os incautos morderem o isco preso ao anzol. E esse isco, no contexto em que escrevo, significa não só a aplicação das medidas que caracterizam a direita, bem como as possíveis alianças com quem nos conduziu à situação que se vive na Madeira. A proximidade ideológica a isso obriga!
Repito, com todo o respeito e consideração, no plano individual, por amigos que tenho e com quem dou umas boas gargalhadas quando nos cruzamos, a propósito das loucuras jardinistas, a verdade é que há fronteiras de pensamento inultrapassáveis. A democracia é assim, possibilita, por um lado, a diferença, por outro, o respeito. Cada um segue o seu caminho e pronto, no dia do acto eleitoral marcamos a diferença. Ora, para o Funchal, a opção deve ser pelas "pessoas". É concreto, directo e estrutural. Dizer que "somos todos Funchal" (CDS/PP) ou "Tudo pelo Funchal" (PSD-M), pergunto, o que isto quererá dizer? Até na escolha do slogan são muito parecidos, porque ao quererem dizer alguma coisa, acabam por nada transmitir.
Ilustração: Google Imagens.

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