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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

UMA LUTA ENTRE JARDIM E CAFÔFO


Disse o candidato Paulo Cafôfo, no início da pré-campanha: basta de lamúrias. Não vale a pena continuar a chorar pelas esquinas, nas mesas de café e no recato do lar, quando a questão essencial está nas opções programáticas prioritárias dos candidatos. No caso do Funchal as diferenças são abissais: Paulo Cafôfo opta pelas pessoas; Bruno Pereira pela manutenção do regime que conduziu ao desemprego e à pobreza; Paulo Cafôfo tem uma equipa de cidadãos independentes oriundos da designada sociedade civil; Bruno Pereira uma equipa de repetidos, de pessoas que saltitam daqui para ali consoante a onda e os interesses partidários; Paulo Cafôfo deve obediência à sua consciência de cidadão; Bruno Pereira deve obediência a Alberto João Jardim; Paulo Cafôfo é na montra aquilo que tem no armazém; Bruno Pereira disfarça na montra o deserto do armazém partidário, depois de 37 anos de governo autárquico absoluto. 


Paulo Cafôfo promete, Bruno Pereira é translúcido: não se compromete a reduzir a taxa de IMI, a comparticipar os medicamentos nas franjas sociais idosas e paupérrimas, com a revitalização do comércio, com o combate ao desperdício, com o pagamento atempado aos fornecedores, com a eficiência energética, com a simplificação, desburocratização e modernização autárquica, com uma politica de mobilidade integrada e não de aparências, com um fundo de investimento cultural, com o Funchal na rede de cidades educadoras, não se compromete em fixar um limite de tempo de serviço à comunidade, enfim, não se compromete. Quando Paulo Cafôfo aponta um caminho, logo aparece Bruno a falar da insensatez das medidas. Estou esclarecido! E porquê? Sempre que se aproximam eleições trago em memória as sábias palavras de Dom Manuel Martins, Bispo Emérito de Setúbal: “(...) as alternâncias são sempre boas. Por muito boa que seja a pessoa que está, a partir de determinada altura alternar é bom. Já tive essa experiência na minha vida. Fui professor, saí, entrou outro, foi óptimo; fui vigário-geral, saí, entrou outro, foi óptimo; fui bispo em Setúbal, saí, entrou outro, foi óptimo. A alternância é magnífica a todos os níveis e em todos os sectores porque traz novidade, dá esperança, imprime outro ritmo de vida”. Concordo, em absoluto. 
Perante isto, os eleitores façam o favor de escolher. Tão simples. Não se esquecendo que se trata de uma opção para quatro anos, isto é, 1460 dias. Se a “Jardim” vencer, a esses juntar-se-ão 13.505 dias de política absoluta! Por mim, chega!
Ilustração: Google Imagens.
Nota:
Artigo de opinião, da minha autoria, publicado na edição de hoje do DN-Madeira, a partir de textos recentemente aqui postados.

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