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terça-feira, 15 de outubro de 2013

QUE FALTA DE HUMILDADE!


Qualquer pessoa bem intencionada, sobretudo educada e portadora de humildade, julgo eu, a primeira reflexão que faria é que, certamente, teria havido algum erro de comunicação, inclusive, dos próprios serviços da presidência. A arrogância que deveria ter ficado à porta deu lugar ao disparate. Podia o presidente ter solicitado a presença dos organizadores, podia ter pedido um café, podia ter confraternizado, podia ter aproveitado para agradecer a escolha da Madeira para tão importante realização, por múltiplos motivos, entre os quais o facto de mais umas largas dezenas de camas terem sido ocupadas nos hotéis, poderia ter falado de tanta coisa e passado escassos trinta minutos de amena cavaqueira, porventura mais importante do que aquilo que na abertura iria dizer, partiria para a sessão de abertura. Mas não, preferiu entrar no seu registo habitual, o do disparate e da ofensa. Nem teve presente que ali estava por razões quase protocolares, pois os congressistas, certamente, querem lá saber do "presidente da junta"! 

Comportamento zero!

Quantos de nós não chegámos ligeiramente atrasados a um encontro, por maior que seja o rigor e o sentido de pontualidade que impomos nas nossas vidas? Ora, a cena protagonizada pelo presidente do governo regional da Madeira na cerimónia de abertura do congresso de metrologia que decorre no Funchal, testemunha o ar arrogante de quem gosta que todos se ajoelhem à sua presença. 
A abertura do congresso, segundo li, estava marcada para as 09:00 e parece que, afinal, era meia hora mais tarde. Como explicou depois, em comunicado, Jardim "exigiu a presença imediata dos responsáveis pelo congresso, que nem estavam a recebê-lo como manda a boa educação, tendo se apresentado uns indivíduos que se identificaram "do Laboratório Nacional de Engenharia Civil" (LNEC). Depois de fazer ver aos ditos que os costumes da Madeira são diferentes dos da área donde vinham, o Presidente do Governo retirou-se." Qualquer pessoa bem intencionada, sobretudo educada e portadora de humildade, julgo eu, a primeira reflexão que faria é que, certamente, teria havido algum erro de comunicação, inclusive, dos próprios serviços da presidência. A arrogância que deveria ter ficado à porta deu lugar ao disparate. Podia o presidente ter solicitado a presença dos organizadores, podia ter pedido um café, podia ter confraternizado, podia ter aproveitado para agradecer a escolha da Madeira para tão importante realização, por múltiplos motivos, entre os quais o facto de mais umas largas dezenas de camas terem sido ocupadas nos hotéis, poderia ter falado de tanta coisa e passado escassos trinta minutos de amena cavaqueira, porventura mais importante do que aquilo que na abertura iria dizer, partiria para a sessão de abertura. Mas não, preferiu entrar no seu registo habitual, o do disparate e da ofensa. Nem teve presente que ali estava por razões quase protocolares, pois os congressistas, certamente, querem lá saber do "presidente da junta"! 
Mas, enfim, a sua tendência para a altivez, para o quero, posso e mando, é sempre superior e o caldo acaba por entornar-se. Nós que, tradicionalmente, sabemos bem receber, tivemos ali o testemunho de uma árvore que não representa a nossa floresta. Lamentável.  
Ilustração: Google Imagens.

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