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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ESCÂNDALO E ALDRABICE POLÍTICA


Isto é, no "sapatinho" do Natal do próximo ano, o PSD "oferecerá" aos madeirenses e Portosantenses um novo presidente do governo (ou o mesmo, sabe-se lá!) sem que, seja quem for, tenha sido legitimado pelos eleitores. Como se isto fosse uma monarquia ou como se fosse uma empresa onde o paizinho, já com trezentos e tal anos de poder, entrega ao filhinho mais querido, o ventríloquo lá de casa, a continuação dos desígnios da família. Mas tenho a impressão que não será assim. Os filhinhos que se perfilam esperem sentados, porque o povo, repito, o povo não vai deixar que isso aconteça. Se, ontem, essa habilidade foi experimentada com sucesso, hoje, podemos dizer, com toda a propriedade, que "gato escaldado, da água fria tem medo". Em 2015 liderará esta Região quem se submeter à votação dos eleitores, sem antes ter feito o tirocínio e a caminha para se deitar! Depois do descaramento só resta à oposição estar de olho aberto e denunciar a marosca por todos os cantos das ilhas. Tanta insistência pelo poder através de habilidades diversas deixa qualquer pessoa, no mínimo, desconfiada. Porquê? Por que é que as coisas não fluem de forma democrática e natural? O que é que existirá nesse grande armazém dos interesses políticos que faz ultrapassar a fronteira da dignidade, da honestidade perante os eleitores, da decência, dos princípios e dos valores que deveriam emanar de uma democracia adulta e consolidada? O que é que os faz correr de forma desenfreada? Só apenas pelo poder? Por acreditarem na sua social-democracia? Ou existirá muita história não narrada que se esconde em armários confidenciais e secretos? Ou tudo isto se move, não por questões políticas, mas pela ganância de alguns poderem somar riqueza à riqueza? Não sei. A História narrará de forma implacável, porque por mais que se escreva e diga, a verdade está muito longe de ser conhecida. 


Toda a oposição deve ficar de olho bem aberto. Uma coisa são as questões internas de cada partido que devem ser geridas e resolvidas entre os seus adeptos; outra, as decisões que implicam a totalidade do povo que é muito mais do que os "torcedores do clube". Não pode haver promiscuidade, uma espécie de mistura confusa cujo fim último é ludibriar as pessoas. E o que o presidente do PSD-Madeira está a querer fazer, designa-se por aldrabice política. Foi decisão do Conselho Regional do PSD: "(...) O Conselho Regional entende não se justificar qualquer Congresso Regional electivo antes das datas determinadas pelo XIV Congresso - eleições internas a 19 de Dezembro de 2014 e XV Congresso a 10 de Janeiro seguinte -, devendo entre estas duas datas o líder eleito assumir a presidência do Governo Regional da Madeira, legítima e constitucionalmente fundado na confiança da maioria parlamentar da Assembleia Legislativa da Madeira". Isto é, no "sapatinho" do Natal do próximo ano, o PSD "oferecerá" aos madeirenses e Portosantenses um novo presidente do governo (ou o mesmo!) sem que, seja lá quem for, tenha sido legitimado pelos eleitores. Como se isto fosse uma monarquia ou como se fosse uma empresa onde o paizinho, já com trezentos e tal anos de poder, entrega ao filhinho mais querido, o ventríloquo lá de casa, a continuação dos desígnios da família. Mas tenho a impressão que não será assim. Os filhinhos que se perfilam esperem sentados, porque o povo, repito, o povo não vai deixar que isso aconteça. Se, ontem, essa habilidade foi experimentada com sucesso, hoje, podemos dizer, com toda a propriedade, que "gato escaldado, da água fria tem medo". Em 2015 liderará esta Região quem se submeter à votação dos eleitores, sem antes ter feito o tirocínio e a caminha para se deitar! Depois do descaramento só resta à oposição estar de olho aberto e denunciar a marosca por todos os cantos das ilhas.
Tanta insistência pelo poder através de habilidades diversas deixa qualquer pessoa, no mínimo, desconfiada. Porquê? Por que é que as coisas não fluem de forma democrática e natural? O que é que existirá nesse grande armazém dos interesses políticos que ultrapassa a fronteira da dignidade, da honestidade perante os eleitores, da decência, dos princípios e dos valores que deveriam emanar de uma democracia adulta e consolidada? O que é que os faz correr de forma desenfreada? Só apenas pelo poder? Por acreditarem na sua social-democracia? Ou existirá muita história não narrada que se esconde em armários confidenciais e secretos? Ou tudo isto se move, não por questões políticas, mas pela ganância de alguns poderem somar riqueza à riqueza? Não sei. A História narrará de forma implacável, porque por mais que se escreva e diga, a verdade está muito longe de ser conhecida. 
Ora, a decisão do Conselho Regional do PSD-M tem de ser levada muito a sério. Que os seus militantes se entretenham e votem decisões absurdas, bom, essa é uma matéria que diz respeito a um grupo reduzido de "sócios". A questão que doravante se coloca é outra, pois assenta da mudança de paradigma do que tem sido a desastrosa governação regional. Uma governação que, enquanto houve dinheiro, desde o poder até aos empreiteiros foi "prà frente sempre", mas agora, emagrecidas que estão as tetas, chupadas que foram de forma desalmada, obviamente que, sendo essa gente o problema, não pode ser portadora da solução. Nenhum deles, muito menos o homem político que engendra um quadro daqueles. Neste momento, compete-lhe, apenas, governar até 2015, coisa que há muitos anos não faz, e não o de congeminar as próximas jogadas como se isto se tratasse de uma "atrapalhança". Compete-lhe, mas talvez não saiba como, resolver as questões económicas, financeiras e sociais que criou através da sua megalómana política. Compete-lhe (re)negociar a dívida da Madeira com inteligência e bom senso através do diálogo. Compete-lhe travar esta onda de descrédito e de falta de confiança que a população sente. Governar não se compagina com uma política de artigos de opinião no JM, discursos ocos sobre a revisão constitucional, elaboração de comunicados contra este e contra aquele e despachos a mandar executar dívidas quando o governo têm-nas às resmas! Governar não é isso. Isso designa-se por politiquice barata ou política de tasca, entre um copo e outro. 
Ilustração: Google Imagens.

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