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sábado, 21 de dezembro de 2013

AO PONTO QUE CHEGOU A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA MADEIRA


Os funcionários da Assembleia Legislativa da Madeira não são polícias, depois, não são empregados do PSD ou da presidência da Assembleia. Mais, ainda, não podem ser chamados para actuar, com violência, junto dos Deputados. Eles são funcionários do primeiro órgão de governo próprio para servir a Assembleia, desde os Deputados até aos diversos serviços de apoio. A sua função não é, pois, actuar contra os deputados ao jeito de "stuart's" do futebol. A Assembleia é um espaço dos eleitos, não é propriedade privada do PSD.

Duas notas:
Primeira - Os funcionários da Assembleia Legislativa da Madeira. Desde logo, não são polícias, depois, não são empregados do PSD ou da presidência da Assembleia. Mais ainda, não podem ser chamados para actuar, com violência, junto dos Deputados. Eles são funcionários do primeiro órgão de governo próprio para servir a Assembleia, desde os Deputados até aos diversos serviços de apoio. A sua função não é, pois, actuar a pedido do Presidente contra os deputados ao jeito de "stuart's" do futebol. Aquele é o espaço de todos os eleitos que, em circunstância alguma, pode ser confundido com um espaço privado em que o "proprietário" chama os "capangas" para expulsar alguém. Aquilo não é uma discoteca com um "gorila" à porta. Os funcionários da Assembleia têm a sua dignidade profissional, não são, repito, empregados do PSD, e daí que tenham de ser respeitados. Deveriam ter-se recusado a cumprir aquela abstrusa ordem, mas sei que a pressão em que vivem a isso os obrigou. Lamento. Aliás, já não é a primeira vez. Um assunto que eles próprios devem repensar.
Doravante, a questão que se coloca é a da relação desses três funcionários com o Deputado Hélder Spínola (e outros). Normal, obviamente, que nunca será. Está, portanto, criado um problema com eventuais repercussões futuras. Numa próxima ronda eleitoral (2015) outra poderá vir a ser a distribuição das cadeiras na Assembleia e outra a maioria. E depois, pergunto, como será? As situações já vividas poderão, repito, poderão ser complexas para os funcionários em causa. É que nem todos os eleitos dão a outra face! Nem todos perdoam e mesmo que perdoem não esquecem! E tudo porquê? Porque o PSD considera-se "dono", desde a cave ao 2º andar. O ambiente é de medo e de submissão. Eu sei o que os funcionários pensam, pessoas com quem mantive relações de grande cordialidade. Eles sentem-se desconfortáveis, porque são usados. Metam isto na cabeça: os funcionários da Assembleia não são funcionários do PSD.

Segunda - O Orçamento Regional e o chumbo a todas as propostas da oposição. Qualquer pessoa inteligente, mesmo que partidária, sabe que não tem toda a razão. Ela é sempre relativa. Mais. Quando se trata de um Plano e Orçamento de natureza política, o debate na especialidade visa, exactamente, recolher os contributos dos vários partidos no sentido de melhorar o documento final. Foi para isso que o povo elegeu os seus representantes. Ora, quando o PSD-M chumba todas as propostas da oposição (cerca de 150, do PS, CDS e PCP) denuncia que é portador da verdade absoluta e que se está a marimbar para o Povo. 
Não é que este governo em funções tenha de governar com o Plano e Orçamento da oposição, mas é difícil acreditar e aceitar que, nas 150 propostas, nem uma era merecedora de reflexão e acolhimento. Isto significa mais um passo no desprestígio da Assembleia que segue a sua rota de vergonha em vergonha até o colapso final. Significa também que continuam a confundir maioria absoluta com poder absoluto. Lamentável. Que triste figura faz esta maioria que, estou certo, já não corresponde ao sentido de voto da maioria dos madeirenses e portosantenses? Como alguém me dizia: "que vão gozando a guerra, porque quando houver paz será muito difícil para eles"! Preparem-se para a Democracia.
Ilustração: Google Imagens.

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