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segunda-feira, 14 de abril de 2014

EDUCAÇÃO: DURÃO BARROSO... POR QUE NÃO TE CALAS?


Durão Barroso esqueceu-se que têm sido as políticas europeias economicistas que têm conduzido à ausência de apoios à Educação, tem conduzido à dispensa de professores, ao aumento de alunos por turma, à destruição do emprego, à emigração e à pobreza. E que tudo isto se reflecte na Escola, que acolhe as margens e que, cada vez mais, sem dinheiro, ainda consegue responder às carências sentidas pela população. Esqueceu-se que a escola tem sido o local de abrigo, onde a fome é atenuada e o conhecimento incentivado. Esqueceu-se que a Escola cumpre o seu dever de transmissão do conhecimento, mas que também se transformou em assistencialista. Há erros, obviamente que sim. Que a Escola precisa de melhorar, e muito, nos aspectos organizacionais, curriculares e programáticos, claro que sim. Que o ministério não responde com a eficácia desejada, ninguém tem dúvidas. Mas a Escola Pública tem cumprido e se mais não faz é pela natureza e pobreza de políticos como Durão Barroso. Ele fez a apologia das criminosas políticas do Estado Novo, esqueceu-se do seu passado, marimbou-se nas "liberdades cortadas" e ofendeu, demagogicamente, os professores. Poderia ter falado da necessidade de preocupações políticas acrescidas no campo social, do emprego e do bem-estar do povo. Falou, apenas, de uma "cultura de mérito" e, intencionalmente, passou ao lado de todos os factores que a isso conduzem. Saiba, Dr. Durão Barroso, ouvi-o e exclamei: "raio o parta"!

Durão Barroso... um zero!

São conhecidas as razões que conduziram Durão Barroso à presidência da Comissão Europeia. A 08 de Abril de 2009 escrevi aqui um texto baseado nas investigações de Daniel Estulin sobre o Clube de Bilderberg. Reproduzo uma parte: "(...) Torna-se importante compreender que é irrelevante quem ocupa a cadeira de presidente da Comissão Europeia. Durão Barroso representa os interesses do "governo mundial". Tanto Kissinger como Rockefeller (n.d.r.: proeminentes membros do Clube Bilderberg) apoiaram energicamente a candidatura de Durão Barroso para aquele posto. Barroso também foi amplamente apoiado pelos bilderbergers americanos em Stresa, por este ter apoiado a intervenção americana no Iraque. No entanto, Durão foi resguardado. Recorda-se da tão criticada cimeira dos Açores, justamente antes da Guerra do Iraque? O consenso na altura foi no sentido de não considerar Durão Barroso um verdadeiro participante na cimeira. Agora, começa tudo a fazer sentido. Ele foi afastado para tornar a sua nomeação para a Comissão Europeia mais apelativa. Desta forma, ele não ficou ligado ao fiasco iraquiano. Outro dos apoiantes de Barroso foi John Edwards, candidato a vice-presidente dos EUA, com John Kerry, que também esteve presente nas reuniões de Bilderberg. Como nota de referência, tenho relatórios de várias fontes internas da reunião de Bilderberg que referem a fraca capacidade oral e a fraca personalidade de Barroso. Decidiu-se mesmo limitar as suas aparições em público ao mínimo. Kissinger, um membro permanente de Bilderberg, chegou ao ponto de o chamar, "off the record", "indiscutivelmente o pior Primeiro-ministro na recente história política. Mas será o nosso homem na Europa" (…)”. Daí que não estranhe os seus comportamentos políticos, as suas declarações e, sobretudo, o ponto a que esta Europa chegou desde que assumiu a presidência da Comissão Europeia. Do meu ponto de vista, Durão Barroso foi e é um desastre político. 
Mas vem isto a propósito das suas últimas declarações feitas em Portugal, a propósito do sistema educativo. Durão Barroso contrapôs a "cultura de excelência" promovida nas escolas antes do 25 de Abril com a situação actual" (...) pois "(...) no Portugal não democrático, no Portugal pré-União Europeia e pré-Comunidade Europeia havia ensino de excelência apesar do regime político em que se vivia e isso era possível porque numa escola era desejável reforçar a própria cultura de excelência" (...) embora algumas liberdades estivessem "cortadas" e se vivesse num regime ditatorial, "havia na escola uma cultura de mérito, de dedicação, de trabalho". Não sei o que dizer a um sujeito que diz disparates desta natureza. Já não vou sequer ao seu passado maoista e o que então dizia do sistema educativo. O que me preocupa é que este homem se tivesse esquecido do que foi o analfabetismo fruto de 48 anos de Estado Novo (taxa próxima dos 70%), onde só os privilegiados tinham acesso e sucesso educativo e que só uma franja muito curta dos pobres e remediados, normalmente com a ajuda de um padrinho, atingiam o patamar da excelência. Durão Barroso esquece-se que o 25 de Abril trouxe-nos a democratização do ensino e que hoje temos a mais bem preparada geração de sempre. Geração essa que anda espalhada pelo Mundo, porque o seu país não lhe garante futuro. 
Durão Barroso esqueceu-se que têm sido as políticas europeias economicistas que têm conduzido à ausência de apoios à Educação, paradoxalmente, a mais escola (conteúdos) e não a melhor escola, tem conduzido à dispensa de professores, ao aumento de alunos por turma, à destruição do emprego, à emigração e à pobreza. E que tudo isto se reflecte na Escola, que acolhe as margens e que, cada vez mais, sem dinheiro, ainda consegue responder às carências sentidas pela população. Esqueceu-se que a escola tem sido o local de abrigo, onde a fome é atenuada e o conhecimento incentivado. Esqueceu-se que a Escola cumpre o seu dever de transmissão do conhecimento, mas que também se transformou em assistencialista. Há erros, obviamente que sim. Que a Escola precisa de melhorar, e muito, nos aspectos organizacionais, curriculares e programáticos, claro que sim. Que o ministério não responde com a eficácia desejada, ninguém tem dúvidas. Mas a Escola Pública tem cumprido e se mais não faz é pela natureza e pobreza de políticos como Durão Barroso. 
Durão Barroso fez a apologia das criminosas políticas do Estado Novo, esqueceu-se do seu passado, marimbou-se nas "liberdades cortadas" e ofendeu, demagogicamente, os professores. Poderia ter falado da necessidade de preocupações políticas acrescidas no campo social, do emprego e do bem-estar do povo. Falou, apenas, de uma "cultura de mérito" e, intencionalmente, passou ao lado de todos os factores que a isso conduzem. Saiba, Dr. Durão Barroso, ouvi-o e exclamei: "raio o parta"!
Ilustração: Google Imagem.

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