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terça-feira, 22 de abril de 2014

GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA EM DESESPERO


ALBERTO JOÃO JARDIM
ESTRANHA QUE A POPULAÇÃO
"NÃO PEÇA CONTAS A QUEM AS ENGANOU"



Discursa como se todos os que estão à sua frente fossem uns tontos, uns incapazes, uns desmiolados incapazes de perceberem o seu jogo. Há quase quarenta anos que é assim. Um homem a vender a sua verdade, enfim, um político que todos os dias distorce a realidade no sentido de se manter no poder. Só que há muitos milhares que já compreenderam a espécie de político que ele é. Já entenderam que tentou, e de certa forma conseguiu, moldar o povo de acordo com os seus interesses políticos. Só que todos os ciclos têm um fim e este resvala para um "estampanço" final. Ontem, depois de uma monumental derrota autárquica, teve a lata de dizer que estranha que a população "não peça contas a quem as enganou". Digo eu, mas vai pedir, tenha o presidente do governo a certeza! 
Já pediu em sete câmaras municipais e vai pedir contas pelos € 6.300.000.000,00 de dívidas fruto de uma governação tresloucada. Vai pedir contas pela taxa de desemprego, pela gritante pobreza e pela austeridade em dose dupla. As populações dos sete concelhos que mudaram o sentido de voto não estão piores, apesar de continuarem a encontrar BURACOS. Em S. Vicente apareceram, segundo li no DN, € 3.500.000,00. Na Câmara do Funchal, uma autarquia, disseram, com resultados positivos, descobriram que, afinal, a dívida ronda mais de € 90.000.000,00. E aqui vamos. Portanto, as pessoas sabem quem as enganou e em 2015 vai pedir continhas.
Deixo aqui a frase de Abraham Lincoln: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo, mas não se pode enganar a todos todo o tempo...”. Ele sabe que é assim, mas, como sempre, tenta jogar para os outros as suas responsabilidades políticas.

JOÃO CUNHA E SILVA
SE UM DIZ MATA, O OUTRO MANDA ESFOLAR!


O ainda presidente falou da maneira que referi, mas o seu vice não ficou atrás. Sobre a política desportiva regional assumiu: "É preciso rever no futuro da política desportiva não para mudá-la mas sim melhorá-la em termos funcionais e organizacionais (...)". Ora, sabendo-se que a política desportiva foi um desastre facilmente explicável através dos níveis da dívida contraída, da baixíssima taxa de participação desportiva escolar, da baixíssima taxa de participação em actividades físicas e desportivas entre os 15 e os 65 anos, aferida por estudos europeus, o vice-presidente o que tem a dizer é que "(...) é preciso rever no futuro a política desportiva não para mudá-la mas sim melhorá-la em termos funcionais e organizacionais. Isto é, uns pequenos acertos marginais e pronto, tal como o slogan do "chefe"... "prà frente sempre".
Queira o vice desta desgraça regional saber que a política desportiva tem de ser revista de uma ponta à outra. Manter o que sempre esteve errado significa completo desconhecimento do que deve ser uma política desde a educação desportiva ao alto rendimento, para mais ainda, em uma terra assimétrica, pobre e dependente. Mas sobre esta matéria abstenho-me de mais comentários, tantos foram os alertas, durante anos, feitos por mim e por tantos que disseram que este não era o rumo certo. Apenas lamento que o vice, uma cópia política do "chefe" tivesse mandado o recado aos dirigentes desportivos de uma maneira que não fica bem: "(...) fica o sublinhado que é um contra-senso todos os presidentes de clubes criticarem o Governo apesar de receberem apoios". O vice deveria saber que quando o governo assina um contrato-programa, existem obrigações de ambos os lados, pelo que os prazos devem ser respeitados. E neste aspecto há gente à espera há dois, três e quatro anos pelo cumprimento da parte respeitante ao governo. Antes deveria pedir desculpa aos dirigentes.
Ilustração: Google Imagens.

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