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quarta-feira, 21 de maio de 2014

O DESESPERO DE PAULO PORTAS E A CAMPANHA ELEITORAL NEGATIVA


Não foi José Sócrates que chamou a Troika, mas sim Passos Coelho e Paulo Portas, ávidos que estavam para chegar ao poder. Foram estes senhores que chumbaram o PEC IV e abriram as portas a uma crise política gerada externamente. O PEC IV, já foi explicado, constituía a solução, no caso português, negociada em Berlim, com o BCE e com Angela Merkel. Daí que, não fosse o chumbo ao PEC IV, o FMI não entraria em Portugal. Se alguém lutou para que Portugal não ficasse sob o domínio da troika, esse político chama-se José Sócrates. Dos outros, reza a História, pela fome de poder, chumbaram essa negociação, aliás, idêntica àquela que Espanha seguiu. Em síntese, a História é esta. E se não tivessem derrubado o governo, provavelmente, não teria sido necessária tanta austeridade e tanta ausência de respeito pela população. Mas ele (Paulo Portas), descaradamente, atira-se a José Sócrates falando de tentativa de "glorificação". 

Políticos que não falam a verdade.

Paulo Portas pediu aos eleitores: "Usem democraticamente o direito à indignação. O que é que isso quer dizer? Domingo não fiquem em casa, vão votar serenamente e travem o caminho desta glorificação de José Sócrates" (...) "Eu apelo aos eleitores para pensarem bem quando virem José Sócrates, o homem que chamou a ‘troika', o homem que assinou o memorando, o homem que nos levou ao precipício financeiro e que nos custou toda esta austeridade, na próxima sexta-feira, ser levado em ombros pelo PS. Pensem bem". Esta é a campanha negativa de Paulo Portas, com uma declaração que não corresponde à verdade. Não foi José Sócrates que chamou a Troika, mas sim Passos Coelho e Paulo Portas, ávidos que estavam para chegar ao poder. Foram estes senhores que chumbaram o PEC IV e abriram as portas a uma crise política gerada externamente. O PEC IV, já foi explicado, constituía a solução, no caso português, negociada em Berlim, com o BCE e com Angela Merkel. Daí que o FMI não entrava em Portugal. Se alguém lutou para que Portugal não ficasse sob o domínio da troika, esse político chama-se José Sócrates. Dos outros, reza a História, pela fome de poder, chumbaram essa negociação idêntica àquela que Espanha seguiu. Em síntese, a História é esta. E se não tivessem derrubado o governo, provavelmente, não teria sido necessária tanta austeridade e tanta ausência de respeito pela população. Mas ele, descaradamente, atira-se a José Sócrates falando de tentativa de glorificação. 
De facto, ninguém olha para uma árvore que não dá frutos. E se fala da glorificação de José Sócrates é porque, no essencial, tem presente que o caminho seguido pela direita foi de total irresponsabilidade, que redundou em frustração e que o povo já se apercebeu que foi enganado. Paulo Portas tem, assim, medo da presença de José Sócrates, ao mesmo tempo que adivinha que o "direito à indignação" manifestar-se-á num voto contra o PSD/CDS, enquanto primeira etapa das legislativas nacionais a terem lugar em 2015. Faz, portanto, do ataque a sua defesa. Ele sabe que as maldades contra o povo perpetradas nos últimos três anos, maldades bem expressas na destruição de postos de trabalho, no aumento da dívida externa, apesar dos pesadíssimos sacrifícios e de uma austeridade que roubou milhões de portugueses, pagam-se nas urnas. E estou convencido que vai pagá-las com juros.
Por tudo isto, não dou muita relevância àquelas declarações. Enquadro-as numa atitude de desespero eleitoral. Todavia, pergunto, como pode ser tão mentiroso! É que sobre Passos Coelho não havia dúvidas. Este, já ultrapassou a cena do "irrevogável" e do "cisma grisalho", colocando-se, agora, no patamar da mentira grosseira.
Ilustração: Google Imagens.

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