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terça-feira, 1 de julho de 2014

DIA DA REGIÃO... NÃO DO PSD!


Isto vai acabar, ora se vai! Esta coisa de fazer do Dia da Região o Dia do PSD, obviamente que acabará. Tal como já acabou nos concelhos que nas últimas autárquicas o povo optou pela "mudança". Pela primeira vez será no Porto Moniz, um concelho agora governado pelo PS-Madeira. Lamento que a Câmara tenha aceitado participar nesta farsa. Para o PSD trata-se de uma excepção, certamente, para disfarçar tempos internos muito conturbados. O Dia da Região deve ser comemorado na Assembleia, em sessão solene, com a participação de todos os partidos políticos. O Dia da Região é, acima de tudo, um dia pela democracia, pela liberdade, pela Autonomia e de lembrança por todos quantos tiveram de partir porque a terra não lhes garantiu o essencial. O Dia da Região não pode ser, como tem sido, uma passerelle para convidados. Já o foi no intermitente 25 de Abril com a presença do Doutor Viriato Soromenho-Marques e, hoje, será no Centro de Ciência Viva do Porto Moniz, com a presença do Reitor da Universidade da Madeira. 


Mas, atenção, do meu ponto de vista não estão em causa as pessoas convidadas. Está em causa, sim, o formato dado à comemoração. A sessão solene é dos representantes do povo e não do presidente da Assembleia, do presidente da Câmara local e de um convidado aprovado, na Assembleia, pela maioria PSD. É neste dia, à falta de debates sérios sobre o Estado da Região, que cada partido deve exprimir o sentimento do povo eleitor, nas matérias que consideram de abordagem prioritária. Não é um dia para trololó, para palavras bonitas mas vazias de significado. É um dia POLÍTICO, de alerta, de confronto de posições e de anúncio das realidades sentidas. Não é um dia de salamaleques, de flores aqui e ali, de falsas palmas e de cumprimento de rituais que nada exprimem. É um dia onde se exprime a alma autonómica e onde se equacionam os erros que matam essa mesma alma!
É, por isso, que cada vez mais sustento a ideia que nenhum partido da oposição deveria participar. Estar lá, sentadinho, a ouvir os palestrantes, equivale a fazer dos deputados jarras que "embelezam" o recinto. Já participei nesse "espectáculo", como também já estive ausente. Hoje, a minha convicção, é a de que os mentores deveriam ficar a falar entre si!
Ilustração: Google Imagens.

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