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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

DR. DOMINGOS ABREU, POLITICAMENTE, TENHA CUIDADO E LEMBRE-SE DO QUE DIZIA NO PASSADO!


Apontar aos outros a existência de um "vazio de ideias" e de "falhanço total" nestes dez meses de governo autárquico é não ter um espelho. Ainda por cima dito por quem me dizia, quando nos cruzávamos, tem uns anos, que isto só ia para a frente com "luta armada". Eu não diria isso das sucessivas equipas absolutas do PSD. Foram feitas coisas ao longo de 38 anos, umas bem feitas, outras que, hoje, prova-se não terem sido as melhores opções. Tanto assim é que o povo mandou-os embora. E é por isso, também, que existe uma dívida colossal e uma uma teia de conflitos internos no PSD, que se sabe como começou mas não se sabe como vai acabar. Ademais, Dr. Domingos Abreu, fica-lhe muito mal esta agressividade sem sentido político, este formato de bater por bater que mais parece o "chefe" das angústias, quando sabe, certamente, que as cópias são piores que os originais. O Funchal não precisa de gente assim, de gente politicamente fanática. Olhe para o CDS/PP e atente na forma política comedida do discurso. Fez reparos, como compete à oposição, mas com elegância política. O Dr. Domingos Abreu nem deu conta que nos longos anos de liderança do PSD nem hipóteses tinha de abrir o bico!

O Dr. Domingos Abreu
Tem muito a aprender no regime DEMOCRÁTICO

Esperam que se faça em dez meses o que não fizeram em 35 anos, assumiu o presidente da Câmara do Funchal na cerimónia dos 506 anos da cidade. E é verdade. A intervenção do Dr. Domingos Abreu (PSD) é de um ressabiamento sem limites.  Pelo contrário a do líder do CDS/PP foi comedida, apontando os aspectos positivos da acção, mas não se coibindo de chamar à atenção do que considera necessário corrigir. Dois posicionamentos completamente distintos. O povo julgará. Aliás, não deixa de ser significativo o que o anterior vereador e vice-presidente da Câmara, Dr. Pedro Calado, escreveu em um artigo de opinião publicado no DN-Madeira: "(...) Começa a ser indescritível o que se passa dentro do actual PSD-M. Depois de décadas de governação, com o poder absoluto (...) Se há coisas que a população reconhece, sabe e já não compra, é o oportunismo político, fácil e barato. A social-democracia precisa urgentemente de uma mudança radical, rápida, consistente e inteligente, com estratégia, determinação e vontade de construir, desenvolver e olhar pela sociedade, pela sua economia, numa gestão social e sem oportunismos pessoais e políticos". O que daqui se deduz é que muitos se perfilam para regressar a um lugar de algum poder. O Dr. Pedro Calado foi vice-presidente do Dr. Miguel Albuquerque; o Dr.  Domingos Abreu, passou de ex-director regional do Ambiente para mandatário da candidatura do Dr. Bruno Pereira à presidência da Câmara e putativo candidato a presidente da Assembleia Municipal. Daí que, perante estas trocas e baldrocas, o Dr. Domingos Abreu cumpriu a tarefa que o seu mentor, o "vigia da quinta", certamente encomendou. Nem precisava, porque, politicamente, sabe do que ele gosta!
Ora, numa cidade há sempre muito a corrigir e a implementar sobretudo quando todos os especialistas, arquitectos, geólogos, engenheiros, biólogos, sociólogos, especialistas em mobilidade urbana e tantos outros que tenho escutado, são unânimes a dizer que a cidade tem muito, mas muito para fazer. O que é espantoso é que há pessoas que estiveram no poder durante 38 anos ou agarraram o comboio do poder daí para cá, não operacionalizaram e, agora, em dez meses querem que tudo apareça feito. Nem presente têm que deixaram uma colossal dívida de mais de 90 milhões de euros. E que a prioridade é pagar a quem a Câmara deve. É por isso que os cidadãos desesperam, alheiam-se da política e não querem saber das pessoas que teoricamente as representam. Porque, na prática, serviram-se do voto para vomitar alguns bitates, no seu próprio interesse, mas não no interesse específico dos eleitores. 
Mais concretamente: o Dr. Domingos Abreu sabe, por exemplo, o que se passa nas zonas mais altas da cidade, quem são os responsáveis pela falta de ordenamento? Conhece as bolsas de pobreza que por aí andam em becos, impasses, travessas, desde o centro da cidade até onde a sua vista alcança? Conhece os números do desemprego e os dramas dos empresários? Diga lá aos funchalenses como pagaria a montanha de facturas amontoadas na Câmara à espera de oportunidade de liquidação? Conhece, porventura, que o governo deve à Câmara cinco milhões de euros? Sabe o Dr. Domingos Abreu da pouca-vergonha do governo regional em suspender o PDM, à revelia da  Câmara e sempre que dá jeito? Conhece os atropelos feitos aos instrumentos de  planeamento perpetrados durante anos a fio? Sabe quem é que falou de alegadas "negociatas" na Câmara e que essa grave palavra não teve desenvolvimento judicial? E por aí fora!
Apontar aos outros a existência de um "vazio de ideias" e de "falhanço total" nestes dez meses de governo autárquico é não ter um espelho. Ainda por cima dito por quem me dizia, quando nos cruzávamos, que isto só ia para a  frente com "luta armada". Eu não diria isso das sucessivas equipas absolutas do PSD. Foram feitas coisas ao longo de 38 anos, umas bem feitas, outras que, hoje, prova-se não terem sido as melhores opções. Tanto assim é que o povo mandou-os embora. E é por isso,  também, que existe uma dívida colossal e uma uma teia de conflitos internos no PSD que se sabe como começou mas não se sabe como vai acabar. Ademais, Dr. Domingos Abreu, fica-lhe muito mal esta agressividade sem sentido político, este formato de bater por bater que mais parece o "chefe" das angústias, quando sabe, certamente, que as cópias são piores que os originais. O Funchal não precisa de gente assim, de gente politicamente fanática. Olhe para o CDS/PP e atente na forma política comedida do discurso. Fez reparos, como compete à oposição, mas com elegância política. O Dr. Domingos Abreu nem deu conta que nos longos anos de liderança do PSD nem hipóteses tinha de abrir o bico!
E por aqui fico, simplesmente porque domino alguns dossiês e não quero ir longe de mais. São estes actos que envergonham o exercício da política. Um vereador que em uma Assembleia Municipal classificou de "porcaria" um documento, chamou "cábulas" e "medíocres" aos vereadores da coligação maioritária 'Mudança', não merece consideração política. Ponto final.
Ilustração: Google Imagens.

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