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domingo, 21 de setembro de 2014

FALA DO FUTURO COMO SE O PASSADO NÃO EXISTISSE


"Já disse que o meu posicionamento é para ao futuro". O candidato Manuel António à luta interna pela liderança do PSD repetiu várias vezes esta frase durante a entrevista ao DIÁRIO. O resto foi blá, blá, inconsistente de quem não tem uma ideia para esse mesmo futuro. Uma frase que constitui uma forma de dizer, não dizendo, que foi, politicamente, um oportunista. Porque das duas, uma: se tinha um programa e não concordava com a governação jardinista deveria ter saído; se ficou, politicamente, dá a entender que deseja mais uns anos de poleiro. Políticos destes, por favor, desamparem-me a loja! Um governante que agora diz que não é co-responsável pela dívida pública, quando se encontrou à mesa da governação anos a fio, que só é responsável pela parte respeitante à sua secretaria, demonstra, claramente, por um lado, uma falta de consideração e solidariedade pelos seus colegas, por outro, uma louca necessidade de saltar do barco embora nele se mantendo. Tem mais de dois anos recebi um comentário, que não publiquei, a uma peça que aqui escrevi que dizia isto: "o homem faz parte daquela corte de homens pornograficamente ambiciosos (...)". Não publiquei o extenso texto a pedido do comentador anónimo, mas percebi, politicamente, quem era este Manel da política. 

Um cacho pequeno!

Nada tenho contra esta figura no plano pessoal, mas tenho no plano da política e do desenvolvimento. Não podemos ser governados por pessoas com este perfil. E não seremos. Chega de políticos sem dimensão mais preocupados com a festa do limão e todas as outras do que propriamente com a felicidade do povo em todos os domínios. Basta de 38 anos de políticos que perseguem e que tudo fazem para a criação da sua imagem, exigindo de todos os que o rodeiam os "arranjos" que possam propiciar que brilhe a estrela que julgam ser. Governar não é isso. Governar não é ir aqui e ali prometer milhões aos "senhores agricultores" e depois, como em alguns casos, os tais agricultores ficarem a apitar. Governar é ter sentido do planeamento, respeito pelas pessoas, não só como povo mas também com todos aqueles que trabalham nos diversos gabinetes. Governar não é pensar que assim actuo porque "o povo gosta disto ou daquilo", mas considerar a importância das medidas no quadro do desenvolvimento de médio e de longo prazo. Daí pergunte: o que deixou para o futuro este Manuel António? Li a entrevista, regressei aos pontos fundamentais, e numa escala de 0 a 20, a única coisa que posso dizer é que nem à oral vai! 
Ilustração: Google Imagens.

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