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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O 25 DE NOVEMBRO E O DISCURSO DO DEPUTADO EMANUEL GOMES (PSD)


Não é a primeira vez e não será a última. Não me cansarei de fazer lembrar o que o Deputado do PSD, Dr. Emanuel Gomes, dizia, quando era militante e vereador eleito pelo PS, da Câmara Municipal de Machico, e o que agora assume enquanto deputado do PSD. Relembro, não por questões partidárias (cada um segue o caminho político como quer e entende), mas deve fazê-lo com memória. O que não acontece com este senhor deputado que, sistematicamente, cai em contradição relativamente aos "genuínos" (terão sido?) posicionamentos de outrora. Ontem destacou o "orgulho" que o partido deve ter na sua história: (...) Passados estes quarenta anos o PSD-Madeira tem orgulho da sua história e ostenta com vaidade, porque não dizê-lo, todo o trabalho que fez pelo desenvolvimento desta Região Autónoma. Foi uma realização ciclópica que mudou a Madeira e o Porto Santo, que transformou a vida dos madeirenses e portosantenses, e que agora muitos, por razões políticas ou pessoais querem menosprezar, desconsiderar e até vilipendiar, só porque a Região e os seus cidadãos vivem momentos financeiros bem difíceis (...)". Isto é, fez um elogio à governação e um ataque cerrado às candidaturas internas, mostrando-se "mais papista que o papa" (Jardim)!


Mas nem sempre foi assim. Há uns anos, o mesmo senhor deputado não enxergava o PSD-Madeira. E escreveu um texto, quando era Vereador da Câmara de Machico, onde atacou, sem dó nem piedade, o PSD e, concretamente, o Dr. Jardim: "(...) Eis o insustentável mas previsível desfecho de uma política ardilosamente montada, por quem, no velho estilo do tudo sabe, tudo pode, tudo manda, não quer nem sombra de outras intervenções autónomas e personalizadas na vida da Região (...) Assim fizeram ao longo dos tempos todos os que teimaram em perpetuar o seu poder (...) Ele chama a si todas as campanhas eleitorais, define todas as estratégias administrativas, faz todas as promessas. A sua orientação política é piamente cultivada pelos seus pares (...) O Povo deixou-se levar nestas cantigas mas agora não vai perdoar aos verdadeiros responsáveis pela actual situação (...) No meio de tudo isto, uma terra, um povo, uma autarquia, é humilhada, maltratada e votada ao ostracismo, por uma classe política de baixo nível. Machico sempre disse não a esta política (...) Por isso tem pago a factura do seu atrevimento, do seu inalienável direito à diferença" (...)."
Já por mais de uma vez publiquei este texto e vou continuar a publicá-lo para que a decência regresse ao exercício da política. É por estas e por outras que o Povo olha para a política e para  muitos dos seus actores com desdém e afasta-se. Afinal, uma vez mais, Dr. Emanuel Gomes, em que ficamos? O Dr. Jardim é o seu deus ou as circunstâncias determinaram que fosse, em certo tempo, o seu diabo?
Ilustração: Google Imagens. 

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