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segunda-feira, 8 de junho de 2015

A "POBREZA FRANCISCANA" NO SENTIDO POLÍTICO


A propósito de um texto que aqui publiquei sobre a presença partidária junto do Banco Alimentar Contra a Fome, recebi um comentário, ANÓNIMO, nos seguintes termos: "Ohh...homem. Os novos ricos do ps que peçam uma audiência. È aproveitamento inteirar-se dos problemas? Se o ps, em vez de andar em lisboa e na venezuela, falasse com o povo e com os responsáveis pelas instituições, provávelmente os resultados seriam diferentes. Não acha? Isto de andar em Caracas, Dili, Joanesburgo, Maraquexe e dormir no gabinete da câmara dá nisto. Que POBREZA FRANCISCANA. Mas o povo é Burro não é? Espere pelas áutarquicas e terá a resposta-11-0. Quer apostar? E lá vai mais um lider. QUER APOSTAR?". Independentemente do conteúdo, ressalvo o pouco cuidado na escrita, com erros que não se admitem. Mas, enfim, vamos ao conteúdo.


Confesso que tenho muita dificuldade em compreender os "anónimos". Talvez porque nunca escrevi, nem anonimamente nem com pseudónimo. O debate político faz-se com elegância, acutilância e sem receios de se apresentar aos olhos de todos. Eu defendo isto, ponto final! Que mal é que há destapar a cara? Assumo o que escrevo, por isso, antes de publicar leio e releio para que aquilo que publico corresponda ao meu pensamento. De passagem, evito os erros e as palavras que possam ser consideradas ofensivas. Simplesmente porque no debate político, e não só, não vale tudo. Há quem mande para o lixo os comentários anónimos. Eu publico-os, desde que não sejam gravosos da dignidade seja lá de quem for.
Depois, meu caro anónimo, eu escrevi sobre alhos e tive como resposta bugalhos! Sabe, não me preocupa que os políticos x, y ou z, tenham de se ausentar, no plano institucional, por convite e interesse da Região. Neste pressuposto, não contabilizo as vezes que o actual presidente do governo esteve em Caracas, da mesma forma que nunca me interessou a participação de outros em encontros fora da Região. São institucionais, fazem parte de uma política de proximidade às comunidades, servem para tentar resolver problemas de quem sofre a descontinuidade geográfica e até servem, em alguns casos, para favorecer a nossa pobre economia.
Finalmente, pergunto, o que tem a ver o texto que publiquei com as próximas eleições autárquicas? Mas eu quero lá  saber se será 7-4, 11-0, 6-5, 9-2 ou qualquer outra combinação possível! Números, vou tentando, no euromilhões! Eu discuto política e não discuto a soberana vontade do povo em um determinado momento. E mais. Eu nunca vivi, ainda bem, a paixão clubística ou partidária, paixão essa que cega e que nos leva a dizer disparates. Uma coisa é defender causas, princípios e valores que acreditamos, outra é reduzir tudo ao debate do zero ou à conversa de treta. Para isso, sinceramente, caro anónimo, não tenho paciência para a "pobreza franciscana" no sentido político. 
Ilustração: Google Imagens.

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