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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

OS ESPECTADORES DESEJAM SIMPLICIDADE E QUALIDADE


Estava eu a cumprir o meu exercício físico quase diário: trinta a quarenta minutos de corrida. À minha frente um televisor, com áudio alto. Segui uma espécie de debate com dois convidados. Fui escutando, sem perder o controlo respiratório face a um ritmo de 8,6 km/hora, com uma inclinação de 5%. Um horror, tanta a banalidade, na minha opinião, ali dita de rajada. Não sei se se trata de um programa enquadrado na grelha, pois foi a primeira vez que o segui. A primeira e última. Senti pena, pela estação emissora e pelos espectadores. 


Os espectadores merecem um misto de simplicidade na arquitectura da transmissão dos conteúdos, mas não dispensam a qualidade. E este aspecto é fundamental, inclusive, para a formação de quem segue um programa. Se é para encher não vale a pena. Isto significa que merecem ser respeitados. Não é qualquer um que pode ser comentador. Necessita ter um histórico de conhecimento, dominar os temas e, na rádio ou na televisão, ser fluente. No mínimo, não se perder no desenvolvimento dos raciocínios. Se nada sei, por exemplo, de engenharia espacial, não me atrevo a escrever, tampouco a falar. Mas gosto de escutar e de aprender.
Mas admitamos que os temas são genéricos e não necessitam de uma especialização. Mesmo aí, é inadmissível que, seja lá quem for, não faça um esforço para conhecer e dominar um tema, preparando-se, no sentido de apresentar-se em condições de transmitir uma posição sustentada e, por isso, tendencialmente credível. Quando este pressuposto não acontece, o controlo remoto é decisivo para a mudança de canal.
Respeitem os espectadores.
Ilustração:  Google Imagens. 

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