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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O "TRABALHINHO" DE PEDRO PASSOS COELHO TEM, POLITICAMENTE, OUTRO OBJECTIVO.


Não sei mas ele, certamente, sabe onde quer chegar. Depois de quatro anos de aperto total, de empobrecimento e de uma permanente ofensa aos mais vulneráveis da nossa sociedade, o Dr. Pedro Passos Coelho denuncia que nada aprendeu com a experiência governativa. Continua a sua saga pela austeridade e pelo corte cego de salários e de pensões. Todos os dias surge com uma postura da qual resulta já não haver paciência sequer para atentar nas suas palavras. Pelo menos para mim. Recuperar salários, devolver, embora aos poucos, rendimentos do trabalho e apoios sociais que foram claramente "roubados", acabar com as taxas e sobretaxas, devolver os feriados nacionais que muito dizem na nossa História, isto e muito mais, constitui um caminho para "iludir" os portugueses, é "populista" e de "campanha eleitoral", pelo que, o que se está a passar "não é uma forma séria de tratar os portugueses". São suas estas declarações. Começo a perceber os motivos que levam os próprios militantes de partido a quererem ver-se livre desta personagem quanto antes. Fica claro, também, o motivo que, em Lisboa,,qualquer coisa parecida com o "PAF" foi à vida. O CDS mandou-o borda fora.


Pedro Passos  Coelho não consegue ver os portugueses um pouco, ainda que muito pouco, mais desafogados. Não consegue enxergar alguma felicidade nos outros. Parece que fica furibundo e que não perdoa o facto de ter sido arredado do poder por uma maioria na Assembleia da República. Mas essa maioria, pergunto uma vez mais, não é tão legítima como foi a da maioria de direita do tempo da união de facto entre o PSD e o CDS? Aliás, ele nem olha e nem interpreta as sondagens que o colocam a léguas da popularidade de outros políticos. Continua a falar como se todo o país fosse cego ou surdo, como se os portugueses não tivessem já uma maturidade suficiente para decidir o que desejam e o que consideram melhor em um determinado momento. 
No essencial, analisada a sua insistência, porventura não lhe interessa o regresso ao poder. Ele denuncia que está a fazer o seu trabalhinho no quadro de um dente da roda dentada da direita europeia. Tarde ou cedo, tal como aconteceu com outros, espera pela recompensa política através de um convite para qualquer função. Não tenho dúvidas algumas que os poderes europeus, os visíveis e os invisíveis, funcionam assim. Temos muitos exemplos. Mas que é preciso uma lata para, todos os dias, se apresentar no combate sem uma única proposta alternativa, lá isso é verdade. 
Ilustração: Google Imagens.

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