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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

A VIDA E A MORTE - BREVE REFLEXÃO


Tantas vezes, perante inúmeras situações, agora mais frequentemente, falo comigo e questiono-me: para ser feliz será necessário ter muito dinheiro? Não é. Um Amigo com quem viajei durante anos a fio, o Franklim, faleceu em Janeiro passado com 92 anos. Tantas vezes colocou aquela questão, normalmente à saída de uma catedral, de um museu, no confronto visual com a arquitectura monumental das cidades que esmagam ou, então, com boa disposição, à volta de um frugal petisco. É óbvio que precisamos do dinheiro, mas em excesso, quando ele ultrapassa um certo limite, pergunto, de facto, para quê?


Aos que muito têm costumo utilizar a expressão do povo: "que Deus lhe acrescente". Não me faz impressão alguma, não cobiço, tampouco invejo. Desde que as receitas sejam honestíssimas, criem postos de trabalho, paguem correctamente aos trabalhadores e não fujam aos impostos, pois bem, que sejam felizes. 
A reflexão fica por aqui. Este ano, os portadores de duas das maiores fortunas de Portugal, Américo Amorim e Belmiro de Azevedo, situados entre os primeiros 1500 mais ricos do Mundo, deixaram o reino dos vivos. Ficou aí tudo, tudo. Ficou o exemplo do seu trabalho, a criatividade, a inovação e o sentido de risco, é certo, mas, em abstracto, questiono-me, para quê tanta luta, tanta competição, tanta compra e venda, tanta sofreguidão pelo dinheiro? Um dia tudo termina. E terminou. E fico a pensar nas palavras do meu Amigo Franklim Lopes, que foi feliz com o essencial e viveu mais dez anos que os mais ricos! 
Precisamos sim, de um bom sistema educativo, de um óptimo sistema de saúde e de uma segurança social decente e justa. Ah, no trabalho, mais justiça do que direitos plasmados na Lei.
Ilustração: Google Imagens.

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