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terça-feira, 28 de agosto de 2018

OS FOGUETES AINDA VÃO NO AR


Excerto de um artigo de opinião 
de Fátima Ascenção
publicado no DIÁRIO - 26 de Agosto de 2018.


"(...) Incompreensível são os procedimentos e postura adotados pela Vice-Presidência quanto à pasta dos transportes. Grande trapalhada, consequência da mediocridade dos especialistas em transportes de que se rodearam.
Vejamos o caso da Binter. O Governo Regional da Madeira fez parte do grupo que apresentou uma solução para o transporte aéreo para o Porto Santo. Quem tem experiência de exercício de funções públicas sabe da necessidade de respeitar as normas de instrução de processos concursais. A culpa é do Governo da República? Mas a operação de transporte não se iniciou sem o visto do Tribunal de Contas que é quem supervisiona todas as operações financeiras públicas? Já pensaram nas consequências legais do incumprimento processual? Que grande trapalhada!
E o que dizer do ferry? É evidente que arranjaram um ferry entre a Madeira e o Continente para calar aqueles que eram a favor do ferry. O que não se percebe é a estratégia de provar que a solução ferry é inviável. Mas é inviável porquê? Se calhar o que falta para melhorar o sucesso atual é rever as regras impostas e colocar os especialistas de transporte deste governo a apresentar soluções que transformem este projeto num grande sucesso. Realmente, ou não existe interesse que seja viável, ou a incompetência na apresentação de soluções é grande. Como pode um Vice-Presidente vir a público afirmar que afinal tudo isto não passa dum teste? Um teste que já transportou muitas pessoas e viaturas e na semana passada trouxe 10 viaturas de combate a incêndios? Estão a brincar com o nosso dinheiro?
Com uma campanha “O PSD cumpre” onde nas promessas cumpridas está a foto da binter, do ferry e do helicóptero de combate aos incêndios, é preciso explicar o que realmente pretendem com a binter e o ferry, depois já terem engolido em seco o papel do Governo da República com a vinda do helicóptero.
Há uma ideia que todos nós devemos interiorizar: Não há almoços grátis, cheques, nem apoios. Tudo isso custa dinheiro e alguém paga. E esse “alguém” normalmente somos todos nós."
Ilustração: Google Imagens.

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