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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

UMA DEMORA QUE PREOCUPA... PELA MULTIPLICAÇÃO DE LEITURAS POSSÍVEIS!


FACTO

Há muito que terminou o tempo do Senhor Bispo António Carrilho enquanto líder da Diocese do Funchal. Pela idade, já deveria ter sido substituído. Pediram-lhe que ficasse mais um ano e esse prazo também já foi ultrapassado. 

PERGUNTAS
E COMENTÁRIO

Pergunta-se, então, o que levará "Roma" a mantê-lo nas funções de Bispo da Diocese do Funchal? Enigmático! 
O que parece é que não é fácil, analisando vários contextos, sobretudo os de ordem política onde se enquadra o passado, nomear um novo responsável pela Igreja na Madeira. Um aspecto é evidente: a Diocese está parada. Melhor dizendo: funciona no plano administrativo e, com muitas dificuldades, nos rituais, mas distante da dinâmica da Palavra que seria importante para a vitalidade da instituição no tempo que vivemos. Não basta citar, quando convém, claro, o Papa Francisco. Exige-se, hoje, uma Igreja política e não partidária. Que esteja atenta aos sinais e seja frontal, coerente com a Palavra. Uma Igreja sem medo.
Deduzo que exista muito conflito silencioso e, porventura, muita efervescência e angústia nos bastidores da linha hierárquica. Daí que, duas outras perguntas me bailem frente aos meus olhos observadores: será porque o ciclo eleitoral legislativo regional está a chegar ao fim e desejam, primeiro, saber para que lado o povo se decide? Será que não existe nenhum padre madeirense, jovem, experiente, de mentalidade aberta, não conservadora, frontal, respeitado e rigoroso, capaz de romper com a ausência de dinamismo e com aquele discurso tantas vezes retrógrado, arcaico, intolerante e hipócrita, que já poucos entendem e aderem? Será que não existe nenhum padre de cultura que não se divorcie da sociedade? Será que há constrangedores "esqueletos no armário"? 
Finalmente, qual será a posição dos Cardeais portugueses D. Manuel Clemente e D. António Marto e, ainda, do Núncio Apostólico (representante diplomático da Santa Sé), Arcebispo Rino Passigato? Os silêncios são, muitas vezes, ensurdecedores.

NOTA

Para ajudar na compreensão da(s) pergunta(s) política(s), deixo aqui um comentário do Engº Duarte Caldeira, a propósito de um texto que publiquei na minha página do facebook: "Recordo-me que quando fui eleito líder parlamentar do PS na Assembleia Regional, fui recebido pelo Bispo de então. Da conversa surgiu uma frase de D. Teodoro Faria que nunca mais esquecerei: "Se eu fosse bispo nos Açores, estaria do lado de Carlos César" (era este o Presidente do Governo Regional dos Açores, na altura). Parece-me que esta frase diz tudo: a Igreja está sempre ao lado do poder! Quero aqui e agora salientar aqueles sacerdotes que tiveram a coragem de não seguirem as ideias dos Bispos que têm governado a Diocese da Madeira depois da Revolução dos Cravos, colocando-se sempre ao serviço do povo madeirense. Para todos esses, o meu respeito e muita consideração.
Ilustração: Google Imagens.

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