Adsense

sexta-feira, 28 de junho de 2019

CONTRADIÇÕES


FACTO

Na edição de hoje do DN-Madeira sobressaem duas peças muito interessantes. 1ª 107 milhões de Euros para o PAMUS (Plano de Acção de Mobilidade Urbana Sustentável). 2ª Adiadas as obras urgentes de requalificação do bloco operatório e da urgência de adultos do Hospital Dr. Nélio Mendonça.

COMENTÁRIO

Considero de interessante análise pelo que delas ressaltam. Começo por esse tal PAMUS. A consultora externa a quem o governo solicitou o trabalhinho, pelo que li (o jornalista, com toda a certeza, transmitiu o mais relevante) desconhece os vários trabalhos já realizados, pela Câmara e pelo Governo, no que concerne à mobilidade urbana. Trabalhos e preocupações evidenciadas desde os primórdios dos anos 90 (quase 30 anos). Há muito que os problemas estão diagnosticados e que determinaram soluções para os dois fluxos de mobilidade: os movimentos pendurares, das freguesias periféricas do Funchal para o centro e regresso; e os movimentos horizontais entre Câmara de Lobos e Machico, concelhos que, para além de vida económica própria, cresceram no parque habitacional tornando-se nos grandes dormitórios da cidade do Funchal. Por isso, muito se bateu o Engº Danilo de Matos pelos "Park & Ride", periféricos ao grande centro. Vários foram construídos com essa intenção primeira. Lembro-me, entre outras, da proposta de criação de uma central de camionagem (Dr. Raimundo Quintal) e lembro-me, até, da proposta que fiz de criação de três ciclovias nas três fatias planas do Funchal: o eixo entre o porto e o Almirante Reis; o eixo entre o Mercado dos Lavradores e a Rotunda do Infante; e o eixo Campo da Barca e o final da Rua da Carreira. Na altura escrevi que se tratava de "novos hábitos a aprender". Hoje, tantas cidades, dispõem de bicicletas e de trotinetes no âmbito da mobilidade sustentável. 
Muito poderia adiantar sobre esta matéria, pelas vivências práticas e porque li e participei em alguns debates enquanto vereador do Município do Funchal, só que não sou especialista e não gosto de abordar, com profundidade, sectores que não domino na plenitude. Agora, enquanto cidadão,  o governo publicitar um assunto como se fosse uma novidade, alto e parém o baile, procurem os trabalhos já realizados e apliquem os 107 milhões em outras prioridades.
Por falar de prioridades, aí estão o bloco operatório e as urgências do hospital. Perguntem aos cidadãos onde o dinheirinho deve ser aplicado! O problema é que os políticos gastam e poucas vezes são responsabilizados. Só quando existe prova de fraude e de participação económico em negócio. De resto, fazem na vida pública aquilo que, certamente, não fazem nas suas vidas privadas.
Ilustração: Google Imagens.

Sem comentários: