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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

"Freitas do Amaral: o 'senador' que foi quase tudo"


FACTO

"Foi líder do CDS, primeiro-ministro interino, ministro em governos à esquerda e à direita, presidente da Assembleia-Geral da ONU, Freitas do Amaral foi quase tudo na política portuguesa". O distinto Professor Universitário, o académico de reconhecida competência, faleceu aos 78 anos.

COMENTÁRIO 

A História não se apaga. Os hipócritas, esses, não têm emenda. Infelizmente. "Freitas do Amaral saiu pelo seu próprio pé do CDS (partido que fundou), não sem antes lembrar ao então líder da sua família europeia, Wilfred Martens, que "a colaboração de um democrata-cristão (independente) com um partido socialista nada tinha de extraordinário". Mas houve quem quisesse apagar a História deste Homem que serviu Portugal. Apesar de, ideologicamente, eu não comungar da generalidade dos princípios, nutria por esta figura um enorme respeito. Escutava-o com atenção, tal como o faço, por exemplo, com uma outra figura que foi presidente do CDS, o Doutor Adriano Moreira. 
Ideologias de lado, certo é que o Professor Freitas do Amaral foi uma respeitável figura da Democracia Portuguesa. Hoje, hipocritamente, assisto a louvores públicos vindos do interior do CDS, como se, em 2005, nada se tivesse passado. Porque a História não se apaga e para que a memória esteja presente, aqui fica parte de um texto que explica bem o que alguns são capazes.

"Março de 2005. O CDS envia retrato de Freitas ao PS. Seguiu-se o comunicado: o CDS “não quer reescrever a história”, mas Freitas do Amaral, fundador do partido, perdeu o direito a ter a sua fotografia , à entrada da sede nacional, no Largo do Caldas, em Lisboa, ao lado do busto de Adelino Amaro da Costa, e dos retratos de Lucas Pires, Adriano Moreira e Manuel Monteiro. A decisão de retirar o retrato de Freitas do Amaral da entrada da sede do partido e enviá-la, por correio, à sede do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, foi tomada, anteontem, pelo secretário-geral do CDS, Luís Pedro Mota Soares, depois de ouvido o líder do partido demissionário, Paulo Portas. Mota Soares explicou ao CM que foram três os motivos que concorrerem para esta decisão: “Primeiro, porque nós [CDS] temos muitos jovens que aderiram ao CDS e que não compreendem que tenhamos à porta o retrato de uma pessoa que já apoiou o PSD, o BE, o PS e agora é membro de um governo socialista.” Segunda razão: “Há milhões de portugueses, fora e dentro do CDS, que não entendem aquela lógica ‘dá-me o teu apoio que eu dou-te um Ministério”. Terceiro e último motivo: “Combater a hipocrisia política.”. Ler aqui.

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