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quarta-feira, 27 de maio de 2020

Luís Calisto, por favor, não chutes para fora!


Ando, há várias semanas, a suportar a dor de um Amigo que anda a passar um momento menos bom. O Luís está a enfrentar um problema de saúde. O nosso relacionamento vem desde a adolescência. E mesmo já adultos, cada um na sua vida, essa relação foi sempre pautada pela consideração mútua. Nos últimos anos, então, o telefone toca, muitas vezes só para perguntar: então, como estás? 

Estádio dos Barreiros. Foto do meu arquivo que guardo com saudade
de um jogo Marítimo - Nacional, juvenis ou juniores (?).
Calisto no primeiro plano e eu no segundo.
"Bilhardamos" um bom bocado, rimos de algumas loucuras que por aí vão, enfim, resolvemos, em quinze minutos, com humor e sátira, todos os problemas do país e da região. E ficamos por aí. Tenho saudades dos tempos de futebol, ele já um craque e eu, apenas, um "trolha" do mestre da habilidade, do jornalismo feito com paixão, dos almoços que fizemos na zona antiga da cidade, enfim, não existindo uma proximidade diária, sempre soube do Amigo, do verdadeiro Amigo que ali tenho. Tantos outros seus amigos dirão, certamente, o mesmo. Por isso, tem-me custado saber que não está bem. 
A vida surpreende-nos a cada passo. Mesmo em tempo de outono da vida, quando resvalamos em velocidade estonteante, porque os dias, as semanas, os meses e os anos fogem entre as mãos como peixe liso e escorregadio, quando, em contraponto, desejássemos que a vivência do tempo se assemelhasse a um outro que levava tanto para chegar ao Natal, eis que, de um momento para o outro, por vezes sem sinais premonitórios, zás, confrontamo-nos com o inesperado. Eu que alinho estas palavras ao correr do pensamento, sei lá, como será amanhã! Ninguém sabe se está ou não sentado em cima de uma bomba.
Senti a necessidade de desabafar. Que me perdoe o Luís Calisto que tem todo o direito de preservar o seu espaço de silêncio. E essa necessidade, crê, vem de dentro, pelo Amigo que trago sempre presente. Por isso, Calisto, por favor, não chutes para fora. Tudo se irá recompor, para que possamos desfrutar da VIDA. 

NOTA
Deixo aqui parte de um texto que escrevi em 2010, quando o Luís Calisto se demitiu de Director do Diário de Notícias.

"(...) Os efeitos desta escalada perversa preparada sem escrúpulos pelo dr. Jardim chegaram ao DN, que não recebe quaisquer subsídios. O ano passado, vivemos nesta Casa o drama do despedimento colectivo. Um doloroso processo que tirou o trabalho a profissionais competentes e empenhados. Sem o menor sentimento perante madeirenses com responsabilidades familiares, o dr. Jardim tem continuado a incentivar uma guerra generalizada ao DN, com mentiras descaradas a fazer de argumentação aos seus sinistros desígnios. Hoje, com nova vaga de despedimentos à vista, conforme já assumiu o Conselho de Gerência do DN, o dr. Jardim insinua e faz constar que a situação crítica está criada por culpa do Director, deixando perceber que, resolvido esse 'problema', tudo poderia voltar ao 'normal'.
Trata-se de uma manobra vil e crapulosa para tentar baralhar causas e efeitos. O dr. Jardim, habituado a estracinhar adversários e até companheiros seus na praça pública, e a fazer bullying com a imprensa (ontem com uns, hoje com outros, amanhã com outros ainda), percebeu que nem todos os alvos estão talhados para apanhar e calar. Daí tentar fazer crer que as reacções aos seus insultos, enxovalhos e linchamentos é que começaram primeiro (...)".
Ao Amigo Luís Calisto um abraço de solidariedade, por ter dado um exemplo de desprendimento do lugar de Director, em defesa de todos quantos trabalham para que o DN, todos os dias, esteja nas bancas. Só que essa atitude nada resolverá. Cada vez mais, o mentor da estratégia, apresenta-se, como já publicamente o disse, "raffiné"."

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