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sábado, 18 de janeiro de 2025

A MAIS AMPLA E BRILHANTE MENSAGEM DE ANO NOVO



Aconteceu Ano Novo na RTP/M!

Quando digo Ano Novo, quero dizer mais que novo ano, novo calendário, fogos fátuos, balonas e estrelas cadentes que saem do chão e mais depressa ao chão regressam. Aconteceu Ano Novo – verdadeiramente Novo! - na grande paisagem da Ideia, da Acção, da Saúde física e mental, da Crença, enfim, da Vida.

Quem no-lo trouxe foi o Padre José Luís Rodrigues, secundado pela excelente condução do jornalista Paulo Santos que soube interpelar com mestria o distinto entrevistado, abrangendo uma polícroma diversidade de temas e problemas do mundo actual, desde as questões sociais às ideológicas e religiosas, com tal realismo e sensibilidade que parecia responder a todos e a cada um dos telespectadores que tiveram o privilégio de ver e ouvir a histórica entrevista do Pároco de São José, no Funchal.

Bem andou a RTP/M em abrir novos horizontes a crentes e não crentes, através da palavra lúcida, segura e transparente do padre romancista, poeta, contista e ensaísta, orador e blogger de merecido reconhecimento público. Ele identifica a metamorfose necessária à Igreja na Madeira, onde o imobilismo intelectual e o exibicionismo processional enfermam a religião católica nesta ilha, desde a hierarquia ao presbitério e aos fiéis em geral.

Corajoso e polémico para alguns, mergulhados que estão no obscurantismo oportunista, gerador de resquícios de poder anti--evangélico, o Padre José Luís Rodrigues nos dias que correm incarna a personalidade – também corajosa e polémica – do Papa Francisco, cujo lema pastoral é o de “UMA IGREJA EM SAÍDA” ao encontro da Humanidade, no seu sentido holístico, esteja onde estiver o ser humano.


Estamos perante um discurso intelectual e um programa comportamental idênticos ao de Jesus de Nazaré que, sem prejuízo da verticalidade da fé, pautou os seus actos pela horizontalidade humanista, tal como o saudoso Padre Mário Oliveira definiu quando titulou o texto eminentemente clarificador no seu livro “Do Cristão ao Humano”.

Ao mesmo tempo que nos congratulamos com a luminosidade esperançosa que o Padre José Luís Rodrigues jorrou jubilosamente na alvorada do 2025, fica-nos – a todos nós que queremos um mundo novo – fica-nos, sim, a mágoa e a desilusão de ver a hierarquia e a sua casta de mini-satélites subalternizarem, senão mesmo proscreverem, os lídimos valores representativos da genuína espiritualidade humana e cristã.

Força, Padre José Luís, deste amigo e veterano das mesmas causas, cientes que estamos de não poder salvar o planeta – nem o próprio Jesus o conseguiu – mas activos e conscientes de que, por nós, o mundo não andou para trás!

15.Jan.25
Martins Júnior

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