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sábado, 1 de março de 2025

A vergonha em directo

 

Já foi tudo dito. Portanto, uma única palavra me ocorre: vergonha. Estou certo que milhões de americanos terão o mesmo sentimento, depois daquela palhaçada trumpista. Tudo leva a crer que aquilo que se passou na Sala Oval foi encenado. Intencionalmente pensado. Um encontro àquele nível, em circunstância alguma face às delicadas matérias em negociação, é aberto à comunicação social. Depois, naquelas circunstâncias, não é ao vice-presidente que compete enquadrar e defender seja o que for e da forma como o fez, dando o mote para que Trump vociferasse da forma tão abstrusa. 



O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, suportou, estoicamente, aquele inqualificável ataque de dois homens, estes sim, impreparados para o exercício das suas funções de moderadores e diplomatas. Putin invadiu e conquistou espaços territoriais; Trump quer espaços territoriais geradores de riqueza. Qual deles o melhor? Entretanto, milhões sofrem e uma nação é espezinhada.

Assisti a uma peça entre dois palhaços de gravata e um Senhor que deseja a paz, mas não a qualquer preço. Porque há princípios, porque muitos milhões já morreram e, sobretudo, porque está em causa o equilíbrio num mundo em crescente ebulição.

Ilustração: Google Imagens.


 

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