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domingo, 5 de fevereiro de 2023

O que os clássicos nos dizem sobre os que andam à caça dos outros


Por
José Pacheco Pereira
Articulista do Público
Excerto do artigo publicado na edição de hoje


"(...) Aqui vai uma fábula de Esopo sobre um “falcão” e um “rouxinol” dedicada aos predadores que por aí andam muito contentes a distribuir gasolina, e aos irresponsáveis que os ajudam “a gastar” a democracia e atacar a liberdade: 

0 falcão e o rouxinol.

Um dia, um falcão voou até um ramo para espreitar uns coelhos lá em baixo, mas encontrou um ninho de rouxinóis na árvore. Estava prestes a comê-los, quando a mãe rouxinol regressou e lhe pediu que lhes poupasse a vida.

“Muito bem”, disse o falcão. “Canta-me uma canção e, se for boa, eu poupo-lhes a vida.” Estremecendo, o rouxinol cantou para o falcão, mas, quando acabou, este tornou a agarrar nos passarinhos.

“Não foi lá muito boa”, disse ele, e preparou-se para devorar os rouxinóis. Neste momento, uma seta voou e trespassou o coração do falcão, que caiu morto no chão.

Moral

Os que andam à caça dos outros devem lembrar-se de que também podem ser caçados.
Não são precisas muitas palavras, toda a gente percebe do que é que se trata menos os falcões.

Ilustração
O Falcão e o Rouxinol de Ernest Henry Griset (1844-1907)

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