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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

POLÍTICA DE SAÚDE SEM SAÚDE


É "obra", também com elevados custos, a nomeação, em vinte meses de mandato, de um terceiro secretário da Saúde da Região da Madeira. E outros sectores vitais reclamam a substituição de políticos que desta coisa de bem governar, têm dado provas de pouca capacidade ou habilidade política. Trata-se de um sector difícil, complexo pelos erros acumulados durante muitos anos, obviamente que sim. Mas não fica atrás da complexidade, por exemplo, da Educação (outro desastre pela ausência de uma qualquer ideia) e dos Assuntos Sociais (pior ainda). Há um triângulo que qualquer governo não pode descurar: saúde, educação e assuntos sociais. E tem sido, exactamente, nesta base triangular que o governo regional tem demonstrado enormes fragilidades. 


O exercício da política, de forma séria e consistente, não se faz através de agendas mediáticas ou de objectivos pessoais; de atitudes voluntariosas; para a fotografia, estar presente em tudo quanto mexe, muitas vezes cumprimentando com chapéus alheios. A política de topo exige que, antes, o político demonstre, ao longo da sua vida, que tem conhecimento, maturidade, idoneidade, respeitabilidade social e que consegue ver longe e muito para além dos interesses partidários. Só que, para o cidadão mais ou menos atento, a ideia que tem ficado de tais públicas e globais fragilidades é que as nomeações seguem uma lógica de amizades e de proximidade ao grupo(inho), do que propriamente de inequívoca competência, não a profissional, mas a política, que implica saber como administrar e gerir. Aliás, a competência política analisa-se pelas posições livremente assumidas, pela frontalidade, sem medo seja do que for e pelo que escrevem de forma sustentada. "Passeio" por entre secretários e deles nada sei e nenhum me fez reflectir no plano político. Minto. O das Finanças fez-me reflectir, negativamente, sobre o exercício da política na Madeira. Depois de ter sido um dos membros da equipa do anterior governo que conduziu a Região a uma dívida superior a seis mil milhões, aceitou a "promoção". Quando isso acontece, sobressai, primeiro, a dúvida, depois, a confirmação da ausência de unhas para a "guitarra". Até o Presidente, pelo que sei, toca piano(inho) e a guitarra não é a sua praia! 
Ilustração: Google Imagens.

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