Nota prévia
Não sou entendido em mecânica de automóveis, ligeiros ou pesados, nem tenho formação jurídica para acusar ou absolver. Portanto, o que aqui fica escrito é a leitura de um simples cidadão que olha para um caso e fica perplexo. Talvez porque toda a informação não circulou. Talvez.
Neste Natal, entre muitos e muitos aspectos que poderia e, porventura, deveria equacionar, desde os diversos constrangimentos, desde os de natureza social até ao estendal de hipocrisias que a época é propícia, há uma situação, a de um Homem que me parece só, acusado de ter sido o responsável por 29 mortes. Refiro-me ao caso do autocarro que tombou na estrada do Caniço.
Ora bem, li que se tratava de um excelente profissional, muito experiente e cumpridor das tarefas, li também que não se tratava de uma pessoa desequilibrada a vários níveis de análise nos foros médico e psicológico e li, também, que nada acusava na taxa de alcoolemia.
Fiquei pasmado quando foi público que, segundo os peritos, o autocarro estava em perfeitas condições de circulação. E mais pasmado fiquei quando, de seguida, o Ministério Público da Madeira acabou por acusar o motorista por 32 crimes (homicídio por negligência e crimes de ofensa à integridade física).
Ora, parece-me que "não dá a bota com a perdigota". Certo é que o tal motorista exemplar e experiente passará este Natal com muitos dedos apontados para ele. Não o meu e, certamente, o de milhares de madeirenses porque, repito, há evidentes contradições por explicar. E não é preciso ser entendido em automóveis ou em matéria jurídica. Apenas contradições. Imagino o que deve estar a passar. Ele e a sua família. E sendo assim, eu que não o conheço, saúdo-o com um fraterno abraço de solidariedade.
Imagens: Google Imagens.
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