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quinta-feira, 26 de julho de 2012

LABIRINTOS


Já não se trata de uma questão de muitos milhões em dívida, de desnorte face a um povo que sucumbe às mãos de várias troikas, mas sobretudo o de encontrar a saída do labirinto, para um caminho estreito, penoso, mas com o sentido de alguma esperança. Com ele, prova-se, que o labirinto se multiplica, acrescido pelas contingências, em alguns casos, das leis da natureza, em outros, por mãos criminosas. Seja como for, por falar de mãos, alguns, neste processo, têm-nas muito sujas!

Tudo isto já cheira muito mal!
 Ele está a mais no processo político. Muitos da sua estrutura partidária já perceberam, falta-lhes, porém, coragem para dizer-lhe, politicamente, “vá em paz e que o Senhor o acompanhe”. Por outras palavras, não chateie mais, acabou, remeta-se à insignificância política, não comprometa o futuro, resigne-se às evidências e resigne, chega de repetitivos números circenses, contorcionismos, malabarismos, trapézios sem rede e palhaçadas que levam o povo espectador às lágrimas, por pena, sublinho. É um case study no espaço de uma investigação que conclua sobre os porquês de um homem que não impõe a si próprio limites temporais e, por extensão, o que esconde para além do sensível amor doentio pelo poder. Há nele uma fonte de perversidade e ausência de leitura lógica e ponderada das situações, há nele uma vivência pantanosa de luta diária pela sobrevivência. Que razões subsistem, interrogo, nesta competição de animal irracional que, olhando em redor, apenas reconhece a necessidade de derrotar os outros para manter-se como rei da selva humana? Max Weber sublinhou que “há duas maneiras de fazer política: ou se vive para a política ou se vive da política”. Certo, mas é curto, relativamente à personagem em questão. Simplesmente porque parece-me evidente a existência de uma complexa teia onde mergulhou, pelos fios que teceu ao longo de anos. Qual a extensão dos proveitos particulares de outros para que, hoje, deles seja refém, é a questão que também se coloca. Não sei e, provavelmente, poucos saberão.
Ora, já não se trata de uma questão de muitos milhões em dívida, de desnorte face a um povo que sucumbe às mãos de várias troikas, mas sobretudo o de encontrar a saída do labirinto, para um caminho estreito, penoso, mas com o sentido de alguma esperança. Com ele, prova-se, que o labirinto se multiplica, acrescido pelas contingências, em alguns casos, das leis da natureza, em outros, por mãos criminosas. Seja como for, por falar de mãos, alguns, neste processo, têm-nas muito sujas!
NOTA: Artigo de opinião, da minha autoria, publicado na edição de hoje do DN-Madeira. Ilustração: Google Imagens.

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