COM QUE ENTÃO...!
REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA - UM LONGO CAMINHO PARA A DEMOCRACIA
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sexta-feira, 28 de março de 2025
A Gronelândia, quem diria, em tamanha animação com Trump!
quarta-feira, 26 de março de 2025
Das Eleições: Regionais e Nacionais
1.Tendo em conta as duas sondagens que foram conhecidas a escassos dias do acto eleitoral, percebeu-se logo que a grande questão, a incógnita, era saber se o partido mexicano local obteria ou não maioria absoluta.
Numa terra com as características da Região, nada já constitui surpresa. A rede tentacular montada há 49 longos anos e uma sociedade marcadamente conservadora e subserviente, só ruirá quando ocorrer um cataclismo. Foi isso que sucedeu em 2013, quando, nas eleições autárquicas desse ano, o polvo laranja só resistiu em 4 das 11 câmaras municipais. Tudo porque, na sequência da aplicação do famigerado PAEF (Plano de Ajustamento Económico e Financeiro), os madeirenses e portosantenses viram as suas condições de vida e de trabalho serem fortemente degradadas. Foi, de resto, essa conjuntura que levou o auto-intitulado “único importante” a sair de cena. Consciente de que, a manter-se no poder, nas eleições desse ano de 2915, muito provavelmente, e na melhor das hipóteses, não garantiria a maioria absoluta e teria de negociar, o que como é sabido não faz parte do seu adn político caudilhista.
Devo confessar que não sei se o PS-M tem conserto (lá diz o ditado, o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita). Agora, não tenho dúvidas que para ganhar credibilidade política urge romper com a clique instalada em redor da actual liderança. Ou seja, são precisos novos protagonistas, o que significa deixar de dar palco a gentinha há demasiado tempo instalada, até porque também fazem parte dos perdedores, para já não falar de personagens inenarráveis, como o ex-autarca de Água de Pena que continua como par(a)lamentar! Uma urgência que não pode esperar, na medida em que a actual liderança não dispõe de quaisquer condições políticas para conduzir os processos eleitorais que se avizinham. Tornou-se, aliás, factor de chacota. Ontem mesmo, no seu blogue (“Duas ou três coisas”), o embaixador Francisco Seixas da Costa escrevia: “O cabeça de lista do PS pela Madeira teve a sua 10ª derrota. Perder 10 vezes não é uma coisa por aí além; bem pior seria 20 vezes, não é? E assim até pode entrar no Guiness! Mas ao PS nunca ocorreu tentar outro nome? É uma ideia «fora da caixa», eu sei!, mas pensem nela!”.
segunda-feira, 24 de março de 2025
Enquanto assim for...
Não me recordo a data, tampouco se apresentei este acetato numa "Comissão Permanente" ou no decorrer de uma reunião do "Secretariado". Tenho presente que aconteceu há uns treze para catorze anos. Para ser perceptível e rápido junto dos pares, utilizei a matriz SWOT, uma ferramenta para caracterizar os ambientes interno e externo, neste caso, do partido. Fui encontrar este documento junto de um outro com uma frase de Péricles (495/429 aC): "O que eu temo não é a estratégia do inimigo, mas os nossos próprios erros".
Com as devidas correcções em função do tempo que estamos a viver, a matriz, então elaborada, parece-me, que continua, no essencial, verdadeira. Em alguns casos bem pior, com o subtil afastamento de pessoas e a integração ou manutenção de outras sem reconhecimento nem político nem social.
Sempre parti do pressuposto que há um tempo para estar e um tempo para sair. Eu tive o meu tempo, certamente cometendo erros, e saí. Outros também o fizeram. Nem para "senadores" serviram e o resultado foi o que se viu.
Preocupante, porque a Democracia precisa de respirar.
Mas, enquanto assim for...
domingo, 16 de março de 2025
Farto de eleições? Não esteja!
Por cá e por lá, estamos mergulhados numa crise política. Podemos ter a tentação de considerar que se deveria deixar governar o partido que está no poder. Porém, é preciso ter em consideração as razões pelas quais estão a ser convocadas eleições.
São questões de conflitos de interesses e de dúvidas sobre a boa governação e gestão de dinheiros públicos. Não é uma questão de somenos. Por cá, Albuquerque está a ser investigado e metade dos Secretários Regionais foram constituídos arguidos. Montenegro contou uma história às pinguinhas que não convence e a sua idoneidade foi posta em causa para o exercício das funções como Primeiro-Ministro.
E qual a estratégia do PSD, nacional e regional? Reconduzir os causadores da instabilidade. Na minha opinião, um erro. O que demonstra esta recondução? Provavelmente que se tomou de “assalto” o partido para chegar ao poder. Com que objetivo? Bem comum ou benefício próprio? Sá Carneiro deve estar bem desiludido com o seu PSD. Não é, definitivamente, o partido que ajudou a criar.
sábado, 15 de março de 2025
E assim se passaram 49 anos!
Quase cinco décadas a escutar o mesmo vinil, as mesmas faixas, os mesmos temas e sons, os mesmos artistas, às vezes, em novos lançamentos com breves variações à guitarra e à viola, parece-me extremamente cansativo. A agulha há muito que riscou o disco!
Respeito quem goste, mas não faz o meu jeito de estar na vida. Aprecio a liberdade e rejeito amarras sejam elas quais forem; sempre me dei bem com o pensamento livre, colocando na borda do prato, na esteira de Régio, o convite dos que dizem, com olhos doces, "vem por aqui"; prezo o respeito pela democracia, intensamente vivida em toda a sua extensão, e distancio-me da ausência de rigor, dos subterfúgios, da mentira dita com tez de seriedade; não sinto qualquer atracção pela "moral de rebanho", sobre a qual falou Friedrich Nietzsche no quadro do mundo político.
quinta-feira, 13 de março de 2025
Em busca de terras raras num ambiente incivilizado cada vez menos raro
Neste contexto, todas as economias mundiais têm uma forte ligação umbilical à China neste domínio e, concordemos, a China tem em suas mãos um grande trunfo que certamente vai/está a utilizar em sua causa.
As cenas da Sala Oval (28/02/2025), onde o contrato de exploração das Terras Raras e outros recursos naturais ia ser assinado pela Ucrânia e EUA, mereciam entrar numa película cinematográfica de Faroeste, de há alguns anos a esta parte. Faltaram as pistolas. Mas o esbracejar das personagens, as carrancas, os gestos corporais substituíam bem essa falha e imaginando uns empurrões que andaram bem por perto, nem pistolas eram necessárias e, assim, ficava criado o cenário perfeito para um Western americano moderno. Serão estes os sinais dos novos tempos?! Uma perda de qualidade face aos clássicos filmes de cowboys, mas é o que temos agora.
sábado, 1 de março de 2025
A vergonha em directo
Já foi tudo dito. Portanto, uma única palavra me ocorre: vergonha. Estou certo que milhões de americanos terão o mesmo sentimento, depois daquela palhaçada trumpista. Tudo leva a crer que aquilo que se passou na Sala Oval foi encenado. Intencionalmente pensado. Um encontro àquele nível, em circunstância alguma face às delicadas matérias em negociação, é aberto à comunicação social. Depois, naquelas circunstâncias, não é ao vice-presidente que compete enquadrar e defender seja o que for e da forma como o fez, dando o mote para que Trump vociferasse da forma tão abstrusa.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, suportou, estoicamente, aquele inqualificável ataque de dois homens, estes sim, impreparados para o exercício das suas funções de moderadores e diplomatas. Putin invadiu e conquistou espaços territoriais; Trump quer espaços territoriais geradores de riqueza. Qual deles o melhor? Entretanto, milhões sofrem e uma nação é espezinhada.
Assisti a uma peça entre dois palhaços de gravata e um Senhor que deseja a paz, mas não a qualquer preço. Porque há princípios, porque muitos milhões já morreram e, sobretudo, porque está em causa o equilíbrio num mundo em crescente ebulição.
Ilustração: Google Imagens.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
Inteligência Artificial: EUA vs. UE
Persiste uma questão após a Cimeira Mundial de IA: estarão os Estados inclinados para apoiar uma IA onde contam e dominam os negócios das ‘Big Techs’, ou para uma IA entendida como valor público?
Quase sempre, cada um é levado a fazer aquilo em que se viciou. Só que, em muitos casos, não sair da rotina dominante em que se caiu, cria fortes obstáculos aos fins que se pretendem.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025
Com eleições à porta...
Nos 50 anos de Abril, depois de uma árdua luta pela Democracia e pela Autonomia, infelizmente, tropeço a cada passo com situações causadoras de espanto pelo ridículo político que transportam. Nos últimos dias dei conta de dois momentos, do meu ponto de vista, absolutamente infelizes. Refiro-me ao Senhor Presidente do Governo, de binóculo, orientado para a frente marítima de Santa Cruz, a tentar ver as casas construídas pela respectiva Câmara; depois, aquela historieta do "Spaghetti alla puttanesca" (como diria o Herman: que mal que isto me soa), com jaleca de chefe, desenquadrada de um passado ao jeito, entre outros, do hobby da jornalista Clara de Sousa.
Aliás, em toda a intervenção política (ou não) quem a faz tem de ter presente as várias leituras possíveis, como quem vê o outro lado das coisas. Aquela dos binóculos possibilita um vasto leque de interpretações contra o próprio. Independentemente das palavras ditas e do contexto, sem precisar de fechar os olhos, passaram-me pela frente tantas situações, umas mais sérias, outras com tendencial humor corrosivo que dispenso aqui referir. Quanto ao "spaghetti", com toda a certeza muitos eleitores terão pensado na "puttanesca" de vida que levam e que as estatísticas oficiais confirmam.
A minha perplexidade e tristeza advém do facto de, 50 anos depois, ainda andarmos a conviver com situações que exprimem ausência de qualidade e rigor que nada ajudam na emancipação e consolidação da Democracia e da própria Autonomia.
"Chef" Miguel o exercício da política exige "olhares" muito para além da "massa".
Ilustração: Google Imagens.
domingo, 16 de fevereiro de 2025
A Comissão Europeia sob o fogo de mais um escândalo
Falta à Bússola da Comissão Europeia um novo modelo de desenvolvimento da economia e consensos em domínios-base como na energia e aprofundamento das componentes do mercado único.
Dia 29 de Janeiro 2025, Ursula von der Leyen apresentou, em Bruxelas, aquilo a que chamou de “Bússola para a Competitividade” da economia europeia. Desconhece-se, contudo, se “a bússola” terá sido sujeita a calibração e passado no crivo das normas de certificação, ou seja, se reúne as condições mínimas para ter impacto futuro! Disso, falaremos adiante.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Trump2 e as energias de origem fóssil
Por
A União Europeia sai destas políticas de Trump maltratada, por sua culpa, e só tem uma saída: apostar seriamente em ser autónoma. Para Trump, a UE não é um aliado, mas um cliente.
1. Os EUA são um grande consumidor de energias, ocupando desde há décadas o primeiro lugar mundial. Para além de maior consumidor, ocupa a primeira posição mundial na produção de petróleo e gás, sobretudo a partir do fracking – uma técnica de exploração de recursos minerais de elevado risco ambiental e geológico (contamina os lençóis freáticos, liberta elevado CO2 e consome muita água), o segundo lugar no carvão embora em perda relativa e uma elevada posição como produtor de energia nuclear e de renováveis. O “mix” produtivo apresenta um certo equilíbrio a nível federal, embora muito desigual consoante os Estados, devido a factores específicos locais e a opções diferentes de políticas energéticas.
sábado, 25 de janeiro de 2025
Tal como os chapéus... malas há muitas!
A Democracia, a verdadeira, precisa de ir à revisão. Tal como nós necessitamos, periodicamente, de um "check-up", de um exame profundo desde análises a "ecos" disto e daquilo. Precisamos de desnudar o regime de uma ponta à outra. Sem contemplações de danos colaterais. Se tal é possível, perguntar-me-ão, penso que sim. Haja vontade, já não digo por parte dos que exercem a política, mas pela pressão oriunda da sociedade. Embora, também seja verdade, uma significativa parte da sociedade se encontre capturada pelo sistema político. Há muitas dependências, muita engrenagem geradora de silêncios. Porque interessa ou porque o medo tomou conta das consciências.
Sem qualquer dramatismo ou sentimento de bota-abaixismo, até porque acredito na recomposição e regeneração dos processos, temos de assumir que resvalámos, deixámo-nos ir numa onda de muitos "falsos prestígios", de excelências medíocres e ausência de escrúpulos. Verdade, também, talvez para disfarce de culpas institucionais, a investigação criminal escuta de forma quase indiscriminada e abusiva, prende sem culpa formada, deixa escapar para a comunicação social o resultado de investigações em segredo de justiça, arruinando a imagem pessoal e pública de quem, até, pode ser inocente, mas que deixa em "paz podre" outros que a evidência, pelo menos parece, demonstra culpabilidades várias. É o resvalar de um outro pilar, o da Justiça, para uns, tendencialmente rápida e, para outros, ao jeito das pilhas "duracell", onde se encontram, pasme-se, políticos, juízes e procuradores. Vive-se no país da "casa dos segredos", dos futebóis, da mentira, do subterfúgio, das novelas embrutecedoras promotoras de distração e de muitos comentadores de gritante fragilidade conceptual e histórica.
O país está em causa, a precisar de um "chech-up", é certo, mas também uma Europa e o Mundo que estão neste declínio de figuras inspiradoras e de políticas que tenham em consideração novos equilíbrios sociais, que expurguem a má-fé, a podridão e o pântano, porque muito do que se passa está entregue a gulosos, especuladores e vendedores de sonhos. As "malas" dos interesses são grandes e nela cabem muitas outras "malas" médias e pequenas que rolam no tapete da desgraça colectiva.
Ilustração: Google Imagens.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
O trumpismo e a "pilhagem que continua"
Interessa-me q.b. a história da tomada de posse de "sua excelência" Trump. Os americanos que o carreguem. Se lhes deram uma maioria em todos os patamares dessa espécie de "democracia", na dita pátria das liberdades que, pressupostamente, garante a viabilização de "sonhos", que convivam com as suas políticas e se amanhem.
Aliás, ele está para ali a falar enquanto digito o meu pensamento. Palavras e posicionamentos que, de tanto repetidas, sei-as e domino-as de cor.
Para quê tudo isto, questiono-me, esta louca e esbanjadora corrida ao armamento arrasador de tudo, de pessoas e bens, para quê esta economia de guerra, esta aflição permanente onde se incorporam todo o tipo de desesperos, a pobreza extrema, fome, desesperança, eu sei lá sobre a infindável lista de desilusões e incapacidades para tornar a vida humana minimamente decente.
Registei, em Novembro passado, num estudo da Hellosafe, que 10% dos mais ricos controlavam 76% da riqueza mundial e 50% dos mais pobres ficam com 2%. Segundo a Oxfam, em 2024, a riqueza combinada dos multimilionários, "aumentou, por dia, dois biliões de dólares (1,94 biliões de euros , o equivalente a 5,7 mil milhões de dólares (55,4 mil milhões de euros)". Isto é, três vezes superior ao ano anterior, o que levou aquela organização não-governamental a titular, no relatório apresentado em Davos, "A pilhagem continua". "Em 2024, havia em todo o mundo 2.769 multimilionários, em vez de 2.565 no ano anterior, e a sua riqueza combinada aumentou de 13 para 15 biliões de dólares (12,6 para 14,5 biliões de euros) em apenas 12 meses". Como e à custa de quê e de quem?
sábado, 18 de janeiro de 2025
A MAIS AMPLA E BRILHANTE MENSAGEM DE ANO NOVO
Corajoso e polémico para alguns, mergulhados que estão no obscurantismo oportunista, gerador de resquícios de poder anti--evangélico, o Padre José Luís Rodrigues nos dias que correm incarna a personalidade – também corajosa e polémica – do Papa Francisco, cujo lema pastoral é o de “UMA IGREJA EM SAÍDA” ao encontro da Humanidade, no seu sentido holístico, esteja onde estiver o ser humano.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Trump acelera perda de peso do dólar no mercado mundial
João Abel de Freitas,
A Europa está em má posição para responder, quaisquer que sejam os caminhos escolhidos pelos magnatas de Trump.
1. Inicia-se este artigo com uma afirmação bem conhecida: o dólar tem ainda um peso esmagador no sistema monetário internacional ou, em linguagem menos precisa, mas mais corrente, domina as trocas comerciais no mundo inteiro, de forma avassaladora. O que não estará tão interiorizado é a dimensão real da economia dos EUA posicionar-se muito aquém da intervenção internacional do dólar (embora continue como primeiro país em PIB corrente). Em valores aproximados, o dólar americano partilha em cerca de 80% das trocas e pagamentos mundiais, de forma desigual consoante os diferentes blocos económicos e Continentes, enquanto o PIB (nominal) rondará os 26%. Uma tamanha desproporção!