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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SERIA BOM QUE O CDS-PPSE DEFINISSE


Estou a olhar para o futuro da Madeira, para o futuro deste Povo. Não me imagino numa possibilidade de coligação entre o PSD e o PS, por razões várias. Numa possibilidade dessas, obviamente, que sairia do processo. A Madeira precisa de colocar o PSD-M na oposição e precisa de outras pessoas com capacidade para gerar novas políticas susceptíveis de garantirem a saída deste sufoco. E as opções estão aí, nunca com o PSD, aliás, porque 35 anos é tempo demais para conhecer o perfil das suas políticas.



O momento da Madeira é muito preocupante, todos sabemos disso. E sabemos também, pela experiência de vida, inclusive, a experiência política, que o novo não nasce do velho. Há um momento, depois de uma fase de implantação e de crescimento que, inevitalmente, as organizações entram numa fase de turbulência a que se segue o declínio. É isto que nos explica a curva sigmóide de Charles Handy. Lembro-me de aqui já ter abordado esta curva do tempo.
Ora, nessa fase de turbulência ou existe capacidade para gerar uma nova curva sigmóide ou a organização "morre". A pergunta que, nesse momento, se deve fazer é se a organização está a morrer ou a renascer! Quero eu dizer com isto, numa aproximação à política, que nesta luta do PSD pela manutenção do poder e sem capacidade para gerar o novo, repito, nesta fase de grave turbulência, parece-me óbvio que nos conduz à "morte", simplesmente porque quem nunca soube nem sabe colocar em causa o modelo que segue, obviamente que demonstra incapacidade para gerar uma nova curva.
E pasmo quando vejo o CDS/PP apostado numa coligação, quase se jogando nos braços do PSD, embora, subtilmente, com um pormenor de quem não quer a coisa: se não for este o candidato (Alberto João Jardim) estamos disponíveis. Como se a cartilha política deste ou de outro não fosse a mesma. Como se alguém no PSD fosse capaz de ter uma leitura política que não seja filiada na voz e na pressão dos que sempre a alimentaram. Pasmo ao verificar que, ao invés de assumir um caminho próprio, o CDS permita que a raposa entre no seu "galinheiro". Como há dias dizia-me um velho e respeitável ex-deputado do CDS/PP, se esse for o caminho, o CDS/PP será "embrulhado em papel de celofane e desaperecerá em pouco tempo".
Ora bem, preocupa-me esse tipo de coligação espúria, essa cohabitação por interesse, ressalvo, se essa é a posição do Partido. Admito, até, que tivesse escutado menos bem! A ser verdade, questiono-me, como é possível entrar por um caminho que, na prática, significará "virar o disco para ouvir a mesma música?". Não o digo por uma questão partidária, até porque defendo os posicionamentos ideológicos e, portanto, não estou aqui a escrever à caça de votos. Simplesmente estou a olhar para o futuro da Madeira e para o futuro deste Povo. Não me imagino numa possibilidade de coligação entre o PSD e o PS, por razões várias. Numa possibilidade dessas, obviamente, que sairia do processo. Por convicção e respeito pelos eleitores. A Madeira precisa de colocar o PSD-M na oposição e precisa de outras pessoas com capacidade para gerar novas políticas susceptíveis de garantirem a saída deste sufoco. E as opções estão aí, nunca com o PSD, aliás, porque 35 anos é tempo demais para conhecer o perfil das suas políticas.
Ilustração: Google Imagens.

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