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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A IMPUNIDADE PODE SER LONGA


Grave, muito grave, em função do que o secretário afirmou, mesmo considerando os 5,8 mil milhões, é o facto de ter mentido no parlamento aos deputados. MENTIU, recorrentemente. E quem mente não tem condições para manter-se no lugar político que ocupa. Mas é o povo que terá de escolher: entre a mentira e uma política de verdade. No dia 9 de Outubro, o povo tem essa arma na mão.


"A impunidade pode ser longa, mas não dura sempre. Mesmo numa sociedade como a madeirense, onde vigora uma oligarquia partidária e uma espécie de democracia tribal, há regras e leis que não podem ser, repetidamente, violadas. Sob pena de, por excesso, se virarem contra os próprios infractores. Como é o caso vergonhoso dos milhões escondidos da dívida madeirense. O presidente do governo regional, em desespero político, já não diz coisa com coisa. E mesmo vencendo as eleições de 9 de Outubro, vai ter um triste fim de consulado. E a breve prazo". - Semanário SOL, 23.09.11.
Ontem assisti a uma entrevista na RTP-M, conduzida pelo Jornalista Gil Rosa. Convidado: o candidato do PSD-M, Dr. Alberto João Jardim. Sinceramente, não sei como classificá-lo. José António Lima (SOL), tem razão quando sublinha que ele "já não diz coisa com coisa". Mas pior do que isso é que ele, durante a entrevista, foi indelicado, incorrecto, mal-educado, quando se quis substituir ao próprio jornalista, quase fazendo perguntas a si próprio. Até ameaçou o jornalista de ir embora caso não o deixasse falar como desejava.
Ora, é evidente que o jornalista não deve interromper o raciocínio do convidado, tornando-se a "vedeta", mas é de todo inaceitável que o convidado ali chegue e imponha as perguntas que deseja responder. Se há um tempo certo para o jornalista atalhar, também é verdade que o convidado deve sujeitar-se às regras da boa educação, respeitando quem está a desempenhar a sua função profissional. Mas é assim nesta "democracia tribal" criada por Jardim. Se Gil Rosa teve uma paciência de santo durante aqueles inacreditáveis 25', não deixo também de dizer que a RTP/RDP, cada vez mais, têm se colocado a jeito para que ele se comporte como se comportou.

ÚLTIMA HORA (DN)
5,8 mil milhões de dívida...
não coloquem aí mais três mil milhões!

De mil e poucos mil milhões anunciados por este secretário, não tem muito pouco tempo, anunciou, esta tarde, 5,8 mil milhões. Está a crescer. Não tarda e teremos os oito mil milhões, porque naqueles 5,8 não estão contabilizados certos valores. E o secretário Ventura Garcês sabe disso. Foi sempre assim. Ele sabe que há obras feitas cujas facturas ainda não foram apresentadas por causa do IVA. Mas lembro-me, a propósito, da negação sobre a perda de 500 milhões da UE pelo facto da Madeira ter passado de Região Objectivo 1 para Objectivo 2. Foi sempre negado. Depois, o valor foi subindo e hoje é assumida. Só um incauto acredita nos valores anunciados. E aguardemos pelos próximos dias que novas surpresas não faltarão.
Grave, muito grave, em função do que o secretário afirmou, mesmo considerando os 5,8 mil milhões, é o facto de ter mentido no parlamento aos deputados. MENTIU, recorrentemente. E quem mente não tem condições para manter-se no lugar político que ocupa. Mas é o povo que terá de escolher: entre a mentira e uma política de verdade. No dia 9 de Outubro, o povo tem essa arma na mão.
Ilustração: Google Imagens.

1 comentário:

António Trancoso disse...

Caro André Escórcio
A paciência tem limites.
João Jardim,em duas frases consecutivas,afirma uma coisa e o seu contrário. Ou se trata de insanidade galopante,ou,persiste na sua regra estrutural de "em política,não olhar a meios para alcançar os (seus) fins".
O que me faz imensa pena é verificar que uma fatia importante do eleitorado continua a dar-lhe crédito. Um dia,não muito distante, haverá "baba e ranho", mas,aí,já será demasiado tarde. A estupidez tem custos inimagináveis.