Quão importante é estar junto do povo! Que se beba "um copo de vinho seco se necessário for", disse, há dias, um autarca da zona oeste da Madeira. Vamos a isto, porque ainda ontem "tomei quatro ginjas". É o vinho por um voto ou o voto que "cai que nem ginjas".
Pois é, olha-se para trás e aquela frase tem muito que se lhe diga. Explica que não é o projecto autárquico que verdadeiramente está em causa, a seriedade de um compromisso para quatro anos a justificar uma eleição, mas uma transação ao preço de um copo ou de um abraço não sentido. A cena normalmente termina com uma palavra: "força".
A isto não chamo proximidade ao eleitor, mas a hipocrisia servida ou disfarçada pelo calor provocado pelo álcool e um "dentinho". Dir-se-á que são processos antigos que perduram. Lamentavelmente. Passados 40 anos, natural seria que uma parte significativa dos eleitores, hoje com 30 a 60 ou mais anos de idade, tivesse a capacidade de compreender, à distância, o bulir dos beiços de quem compra um voto por um copo! Deveria estar maduro ao ponto de, interiormente, pensar que "bem cantas, mas não me alegras". E assim sendo, seguir o provérbio: "Antes quero asno que me leve do que cavalo que me derrube".
Ilustração: Google Imagens.
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