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quarta-feira, 12 de abril de 2017

O SECRETÁRIO DAS FINANÇAS DA MADEIRA DÁ VINTE-ZERO AOS SEUS ANTECESSORES!


Nota prévia: nada sei de economia e de finanças. Ou melhor, nesses sectores, domino as circunstâncias da minha vida. Mas há uma coisa que julgo saber fazer: ler e cruzar a informação que me chega pelos diversos canais. Isto para dizer o quê? Ora bem, que o senhor secretário regional das Finanças da Madeira dá vinte-zero nos anteriores secretários com a mesma pasta, em matéria de politiquice regional. Com argumentos falaciosos tenta iludir e virar o bico ao prego ao jeito de um joguinho de cartas viciadas. O que o secretário deve dizer aos funchalenses é se é verdade ou não "(...) que o Governo Regional deu 71 milhões à CMF entre 1992 e 2011" e com a derrota do PSD na Câmara do Funchal os contratos-programa passaram para zero. Deve explicar, também, pode ser até acompanhado de um desenho, as razões desse posicionamento político. O resto é treta política, como este pretenso obus: "(...) Na sua mais recente ‘investida’ para aceder ao dinheiro dos contribuintes via Orçamento Regional - quiçá porque o orçamento camarário é muito exíguo para tamanha ambição pessoal -, a Câmara do Funchal, para além do carpir de lamúrias a que já nos habituou, juntou um dado novo - que deverá ser repetido à razão de 2 vezes por cada 30 dias -, que se prende com os valores que o Município do Funchal terá recebido do Governo Regional de contratos-programa celebrados entre 1992 e 2011". Pergunto: verdade ou mentira?

A ausência de espelho dá tanto jeito à politiquice

Só entendo, por óbvia falta de espelho, uma declaração destas: "investida para aceder ao dinheiro dos contribuintes via Orçamento Regional", quando, sistematicamente, algumas vezes bem, é o próprio governo que martela o governo da República para sacar mais uns milhões. Não me passa pela cabeça que, em tais circunstâncias, o governo regional esteja a fazer uma investida para aceder ao dinheiro dos contribuintes via Orçamento da República. Mas há mais.
Esta, então, qualquer cidadão ri-se a bandeiras despregadas, mesmo os que, como eu, não percebem de finanças: disse o secretário "(...) ao mesmo tempo que anuncia ‘aos quatro ventos’, pela voz do seu Presidente, um superávite recorde de 6,3 milhões de euros em 2016, a Câmara do Funchal continua, sem qualquer pudor, a exigir subsídios do Orçamento Regional para investimentos municipais, no valor de 4,4 milhões de euros", destacou. E diz isto, certamente, com cara muito séria, quando ele sabe que, contabilisticamente pode haver um saldo positivo, tal como nas contas do governo, mas isso, por si só, não significa que disponham de dinheiro para investimento. Lembro-me de, várias vezes, nas reuniões de vereação da Câmara, quando o Dr. Miguel Albuquerque era presidente, ter assumido uma grande preocupação pelo endividamento da autarquia, e de ele responder-me que a Câmara tinha património que possibilitava tais níveis de endividamento (capacidade de endividamento). Como se pudesse vender desde os edifícios aos carros de recolha de lixo! Mais. No último mandato do Dr. Miguel Albuquerque, os funchalenses têm isso presente, várias vezes, contabilisticamente, o responsável pelas contas, sublinhou que a Câmara tinha dado lucro! A verdade, porém, é que deixaram uma dívida de 105 milhões de euros que esta administração, responsavelmente, tem vindo a pagar. Porque as empresas estão em primeiro lugar. São elas que geram emprego.
Portanto, todo o rol de justificações do senhor secretário regional das Finanças, justificações constantes do citado comunicado, não passam de conversa fiada. Mas parabéns, repito, em matéria de politiquice dá vinte-zero aos anteriores detentores da pasta! Parece-me indiscutível que, no plano político, foi um bom aluno.
Ilustração: Google Imagens.

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