Esta sondagem é, obviamente, histórica. Alguns dirão que se trata de uma mera sondagem, porém, não deixa de constituir um excelente indicador. Aliás, este resultado está em linha com outras sondagens realizadas nos últimos oito, nove meses. A aproximação entre os dois partidos (2,7%) e, agora, entre os dois actuais líderes partidários (1,1%), dão a entender que o povo da Madeira deseja, à semelhança do que acontece no Continente e nos Açores, que a Região da Madeira venha a ser governada de acordo com outras opções e prioridades.
A questão que agora se coloca é se, do lado do PS-Madeira, o aventureirismo mata a esperança. Espero, sinceramente, que não. O que posso dizer, com toda a frontalidade e maturidade de vida, apesar de todas as candidaturas de militantes serem legítimas, se estivesse na pele de Emanuel Câmara, retiraria a candidatura. Há momentos na política tão sensíveis que o melhor é não agitar as águas, não gerar perturbação e, portanto, fazer com que os eleitores acreditem que podem ter confiança. Todos sabemos que é mais fácil manter o poder do que ganhá-lo. Significa isto que, nos órgãos próprios do partido, os assuntos devem ser exaustiva e elegantemente debatidos, distante de qualquer unicidade, porém, sem fracturas que fragilizem. É caso para dizer: "um por todos e todos por um"
Os madeirenses estão, uma vez mais, a alertar. Compete ao PS-M saber discernir entre o conflito e uma alternativa consistente.
Ilustração: DN-Madeira
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