1. Leio, na Comunicação Social da Região, declarações do Secretário Regional dos Assuntos Sociais no decorrer do VII Fórum da Criança, onde, com alguma pompa (triste pompa), colocou em destaque o facto da Segurança Social da Região apoiar 1164 crianças consideradas de risco, 40% dos casos por negligência familiar. Duas coisas o Secretário não disse: primeiro, que este número de crianças em risco derivam, maioritariamente, do facto do governo não ter uma política de família séria e consistente; segundo, que este apoio é INTEGRALMENTE pago pela República. Quando, tantas vezes atiram responsabilidades para a República, também seria de bom tom não ignorar os programas que não têm cobertura no Orçamento Regional. Aliás, tudo o que se refere à Segurança Social é pago por Lisboa.
2. Ouvi o líder da Polícia Judiciária no Funchal, Dr. Carlos Farinha, numa declaração à RDP-M. Foi sério, profundo e, delicada e serenamente, disse que o problema do tráfico e do consumo de estupefacientes na Madeira é muito preocupante, não só pelas consequências individuais como pelas consequências colaterais ao nível da segurança, numa terra que depende muito do turismo.
É pena que muita gente não aprenda com quem sabe e continue a tentar meter a cabeça na areia. Se nos primórdios dos anos 90 este assunto tivesse merecido outra atenção, certamente que hoje o drama não seria tão grave.
3. O Secretário do Equipamento Social disse, só depois do DN-M ter denunciado, que a extração de inertes na Ribeira dos Socorridos é ilegal. Hoje, o DN refere uma exploração clandestina de inertes (há muitos anos em funcionamento) no Faial, concelho de Santana. O Secretário, ouvido sobre este assunto, voltou a dizer que se trata de uma exploração ilegal.
Pergunto, afinal, o que anda esta Secretaria a fazer? Ou será que o Secretário é que é ilegal?
Ora bem, no primeiro caso, é escondida a verdade; no último, um político que se faz distraído; no meio, um inspector que parece dizer ao governo: acordem para a realidade!
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