Enquanto fazia o meu "obrigatório" exercício diário de corrida, entre 30 a 40 minutos, fui seguindo o debate do Orçamento de Estado. Até que foi dada a palavra à Senhora Deputada Joacine Katar Moreira. Ora bem, tenho o maior respeito, seja lá por quem for que, naquele e em outros espaços de representação do povo, seja portador de alguma deficiência ou perturbação. No caso da Drª Joacine Moreira, obviamente, que a sua gaguez, não sendo uma doença, contudo constitui um grave problema na comunicação. Uma vez mais foi-me aflitivo vê-la querer comunicar e constatar as sucessivas hesitações e, por vezes, quase intermináveis bloqueios.
Desconheço, mas presumo que a Deputada em causa tenha feito terapia da fala. E se assim aconteceu, deduzo que a sua perturbação seja muito complexa. De tal forma que, pelo menos para mim, foi sofredor acompanhá-la no desejo de querer expor uma posição e não conseguir. Cheguei ao final e não compreendi o que pretendia transmitir. Confesso que me perdi naquele labirinto à procura de uma saída sempre travada por um bloqueio.
Eu sei que naquele hemiciclo há gente de palavra fluente mas que apresenta uma disfemia de pensamento que, por vezes, arrepia. São outros tipos de "gaguez"! Articulam palavras, porém, em deriva constante relativamente, aqui sim, às "doenças" do país. São fluentes no discurso, mas sofrem de uma incapacidade crónica de saber olhar para a História e de contextualizar os assuntos para além da visão partidária.
Neste caso concreto, interrogo-me se não haverá solução? Eu penso que sim. Bastaria uma alteração regimental que possibilitasse a leitura por outrem dos seus textos e ou perguntas fundamentais, até porque os tempos de intervenção que dispõe são limitadíssimos. Será assim tão complicado?
Do que assisti, enalteço, pelo menos a avaliar pelas imagens disponibilizadas em directo, a atitude irrepreensível dos membros do governo e de todas as bancadas. Imperou, uma vez mais, o respeito pela diferença.
Ilustração: Google Imagens.
Neste caso concreto, interrogo-me se não haverá solução? Eu penso que sim. Bastaria uma alteração regimental que possibilitasse a leitura por outrem dos seus textos e ou perguntas fundamentais, até porque os tempos de intervenção que dispõe são limitadíssimos. Será assim tão complicado?
Do que assisti, enalteço, pelo menos a avaliar pelas imagens disponibilizadas em directo, a atitude irrepreensível dos membros do governo e de todas as bancadas. Imperou, uma vez mais, o respeito pela diferença.
Ilustração: Google Imagens.
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