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domingo, 21 de dezembro de 2014

EM FRANÇA, A PARTIR DE 2016, OS ALUNOS PODEM DEIXAR DE SER AVALIADOS COM NOTAS


Noticia o DN/Portugal: "O Conselho Superior dos Programas, em França, elaborou uma proposta para abolir este sistema, que foi debatida durante dois dias e cujo o relatório das conclusões vai ser entregue ao ministro da Educação em Janeiro. Por cá, também há adeptos da avaliação formativa (mais virada para a análise dos pontos fortes e fracos dos alunos do que para a sua quantificação numa nota) e o Conselho Nacional de Educação (CNE) vai receber um debate sobre o tema no dia 5 de Janeiro." 


Trata-se de um assunto que há muito venho defendendo. Inclusive, através de diploma, exprimi esse posicionamento na Assembleia Legislativa. Para já, no Ensino Básico, constitui um autêntico disparate uma avaliação quantitativa à qual se junta a paranóia dos exames no final dos três ciclos iniciais. Curiosamente, há dias, acompanhando a defesa de uma avaliação sujeita a um outro paradigma, o meu neto que agora frequenta o 6º ano, no decorrer das conversas que vou mantendo com ele, surpreendeu-me com a seguinte declaração: "há coisas que eu sei que os meus professores nem sonham que sei". Pois, é isso, o que me queres dizer é que esta escola está desadequada, complementei. E, se calhar, há assuntos que tu sabes que os teus professores não sabem. Concordou! A desadequação é total. Por isso, é-me difícil aceitar que se mantenha um modelo, entendido como único, e que a inteligência política não perceba e não queira perceber que existem outros paradigmas mas integradores e de excelência. 
Em 2009, propus, na Assembleia o Regime Jurídico do Sistema Educativo Regional. No nº 1 do Artigo 9º, que enquadra o Sistema de Avaliação das Aprendizagens, pode-se ler:
"No ensino básico, o processo de avaliação das aprendizagens dos alunos é de natureza contínua e formativa e a sua arquitectura, caracteriza-se por formas simples mas objectivas, centradas nas competências adquiridas, da responsabilidade do Conselho Pedagógico de cada estabelecimento de educação e de ensino, ouvidos os respectivos departamentos disciplinares."
Infelizmente, o documento fui chumbado pelo PSD-Madeira. Em França, em 2014, há uma proposta nesse sentido e, em Portugal, no início de Janeiro, o tema estará em debate.
Ilustração: Google Imagens.

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