Falo, diariamente, com pessoas que ultrapassam o meu círculo familiar. E a pergunta sacramental que, inevitavelmente, vem à baila é aquela que coloquei em título. Sinceramente, não sei do que estão à espera. E a questão que coloco é se ainda existe partido! Partido no sentido de estruturas concelhias com pensamento político capaz de olhar para a possibilidade de eleições legislativas antecipadas e de assumir uma estratégia que conduza ao poder, não pelo poder, mas ao poder com capacidade de transformar o rumo do descalabro que a Madeira segue há vários anos. As estruturas existem, então não sei, mas não se movimentam em torno de uma causa maior.
Perante um lunático e sem credibilidade Plano e Orçamento em discussão na Assembleia, face à recusa pública de vários partidos políticos, alguns dos quais com peso eleitoral e, ainda, de grupos que lideram as autarquias, em juntarem as suas forças ao partido socialista, deixa-me perplexo o silêncio, como se o próximo acto eleitoral fosse, como soe dizer-se, favas contadas. E mais do que isso, lamento profundamente, que pessoas, sempre com um pé dentro e outro fora, com herdadas tendências sebastiânicas, façam campanha, ao mais alto nível, contra o Deputado Carlos Pereira, do meu ponto de vista, o único com a qualidade e credibilidade necessárias para unir as forças políticas, apresentar um programa e liderar um processo. No mínimo, o que parece ressaltar é que este caldinho morno interessa a alguns. Inaceitável e desesperante.
Ilustração: Google Imagens.
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