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sábado, 24 de novembro de 2018

SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO DEVE REPENSAR A SUA VIDINHA POLÍTICA


Consta na praça que o governante da Educação anda aflito com a situação do Professor Joaquim José Sousa, da Escola do Curral das Freiras, o docente que foi director deste estabelecimento de aprendizagem. Ele e a sua equipa, depois de um trabalho organizacional e pedagógico notável, reconhecido ao nível nacional com várias distinções, estranhamente, começou a ser perseguido ao ponto de, apesar de ganhar as eleições internas por margem folgadíssima, semanas depois, viu a sua escola pura e simplesmente bloqueada na sua autonomia e, por ridículas ninharias administrativas, acabou vítima de um processo disciplinar. A fusão da escola do Curral das Freiras com a de S. António/Funchal tem muito que se lhe diga. Já muito se escreveu e, certamente, muito estará para ser publicado. 

Mas, dizia, consta que o titular da pasta anda alarmado com a dimensão do problema, ao ponto de, por alguns canais, andar a divulgar que a culpa não é dele (secretário), mas do responsável pela Inspecção Regional de Educação e de mais uns quantos. Aliás, ele, secretário, até gosta do Professor Joaquim. 
Que coisa esquisita, pensei para mim, quando esta conversa me foi feita. Como é possível um secretário chegar a este ponto, quando, presumo, nada com certas implicações se faz sem o conhecimento do responsável pela secretaria. Ou aquilo anda em rédea livre ou existe uma tentativa de sacudir a água do capote. Isto é preocupante. 

Se isto é verdade, o secretário da Educação deve pensar na sua vidinha política. Ou toma uma atitude de humildade política, devolvendo a autonomia à escola, reintegrando nas suas funções os professores eleitos e arquivando o maquiavélico processo ou, assume que estando politicamente fragilizado, coloca o seu lugar à disposição do presidente do governo. Se é verdade, não pode é tentar culpar outros por aquilo que foi e é da sua responsabilidade.

Repito, se é verdade, deve explicar-se publicamente. Já não basta a ausência de projecto político para a Educação, ainda por cima esta alegada tentativa de querer andar entre os pingos da chuva, do meu ponto de vista, é incompreensível. O exercício da política não é uma profissão, é um serviço público prestado à comunidade, feito com rigor, projecto e muita decência.
Ilustração: Google Imagens.

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