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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

ÁRVORE INFESTANTE


Quarenta e oito de Santa Comba mais trinta e cinco (83) de um arremedo de democracia, não chegam? Eu sei que o jardineiro deste processo plantou uma árvore infestante e de grossas raízes, alimentou muita erva daninha em seu redor para defendê-la, permitiu que os ramos se estendessem para abrigo de uma “máfia boazinha”. Eu sei! 

Espantará alguém a monstruosa dívida da Região? A história de trinta anos não é suficiente para provar o mundo de enganos, a aldrabice, o conluio, a teia, os tentáculos do poder em toda a sociedade, as riquezas mal explicadas, os silêncios, os medos, a pobreza e o desemprego? Quarenta e oito de Santa Comba mais trinta e cinco (83) de um arremedo de democracia, não chegam? Eu sei que o jardineiro deste processo plantou uma árvore infestante e de grossas raízes, alimentou muita erva daninha em seu redor para defendê-la, permitiu que os ramos se estendessem para abrigo de uma “máfia boazinha”. Eu sei!
Mas, ao contrário da imprevisibilidade das aluviões, esta catástrofe económica, financeira, social e cultural foi anunciada, com números, quadros, denúncias, declarações políticas, pedidos de inquérito e de audições, comunicações ao Presidente da República e ao Tribunal de Contas. Tenho presente o longo trabalho de pesquisa e de análise profunda e séria que o Deputado Dr. Carlos Pereira (PS), nesta última legislatura, trouxe ao conhecimento de todos. E tenho presente as ofensas, a má-educação e a baixeza de comportamento da maioria durante os debates por ausência de argumentos válidos. O tempo deu-lhe total razão e os números assustadores do descalabro estão aí. Só que a árvore infestante, apesar de ferida de morte, ainda se mantém de pé. Compete ao povo acabar com ela e proceder a uma sementeira que garanta prosperidade.
Ilustração: Google Imagens.

3 comentários:

Pica-Miolos II disse...

Senhor Professor Escórcio
João Jardim tudo está a fazer para alcançar uma nova e substancial vitória eleitoral. E não nos admiremos de esse desiderato ser alcançado. Isso,contudo,não significa que o Espertalhão queira governar nas novas e previsíveis condições que serão impostas.
Não sendo bruxo,prevejo que o Artista,até o próximo Natal, "será acometido" de um "estado de saúde" que não lhe permitirá continuar em funções...
Alguém quer apostar!?!...

Fernando Vouga disse...

Caro André Escórcio

Penso que o mais grave é Jardim acreditar piamente nas suas próprias fantasias. Vive num mundo que julga ter criado e está até a inventar uma nova História. Segundo ele, a Madeira, e só a Madeira, foi vítima das terríveis maldades do colonialismo. Esquece-se do nordeste transmontano e outraa províncias abandonadas e exploradas durante séculos.
Maldades essas que, segundo aquela cabeça, têm de ser reparadas. Assim, por essa ordem de ideias, qualquer dia aparece por aí o Brasil a reclamar o ouro (e outras riquezas) que de lá tirámos (do qual nem um só lingote veio para a Madeira...). E mais, as antigas colónias, para lá das dívidas que lhe foram perdoadas, vão-nos obrigar a repor as árvores dos Dembos, os diamantes da Lunda e por aí fora.
De deturpação em deturpação, o povo superior vai acreditando nessas loucuras e prontifica-se a garantir-lhe mais uns anos de poder.

Fernando Vouga disse...

Caro Pica Miolos

Há muito que penso assim. Aposto em seu favor. Elementar, meu caro!

E o CDS já está a preparar-se para a eventualidade de não acontecer uma maioria absoluta. Já afirmou que, sem Jardim (ou com a sua saída a breve prazo), faz o jeito.
E o Dr. Rodrigues já anda com cara de Secretário Regional...