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sexta-feira, 27 de março de 2015

FINLÂNDIA MUDA DE SISTEMA EDUCATIVO. EM PORTUGAL, CRATO CONTINUA NO SÉCULO XIX!


"A Finlândia vai começar a ensinar por tópicos e muda o paradigma. Sistema de ensino finlandês está prestes a fazer uma revolução nas escolas, substituindo disciplinas por tópicos. Após 40 anos de ensino por disciplinas, a Finlândia sente que está na altura de mudar". Por aqui, Nuno Crato, continua no Século XIX! Está mais preocupado com exames aos professores, aniquilando e desprestigiando o trabalho das instituições superioras de formação. Crato só vê o passado como se os tempos fossem iguais. Tem a obsessão pelos exames, logo no primeiro ciclo, como se eles fossem portadores de "conhecimento poderoso" para o futuro. Infelizmente, continuaremos com altas taxas de insucesso e de abandono enquanto se mantiver esta triste mentalidade. 


"Já é conhecida a eficácia do sistema de ensino finlandês. A sua constante presença nos tops dos rankings educacionais inquieta estudiosos, que já se aprontaram a estudar o fenómeno. Mas a Finlândia já estruturou uma nova forma de ensinar nas escolas: deixarão de existir disciplinas para se lecionar por tópicos. 42 anos após a última reforma no ensino finlandês, esta reforma será uma das maiores já feitas na educação. Apesar do sucesso, os responsáveis pelo ensino finlandês sentiram, em 2013, que o sistema estava a começar a vacilar, ao descerem até 12º lugar, atrás da Estónia, no prestigioso PISA global rankings, que avalia leitura, ciência e matemática. “Os dias de ouro acabaram”, desabafou Finnbay, serviço noticioso finlandês, após os resultados saírem em 2013. Debatia-se em “como voltar ao jogo” e, anos depois, é anunciado este novo sistema de ensino. O novo paradigma de ensino baseia-se em aprender por tópicos. Os jovens finlandeses passarão a estudar União Europeia ao invés de estudarem apenas economia, história, língua e geografia. O objetivo dos responsáveis pelo ensino na Finlândia é eliminar a sensação de inutilidade de um determinado conteúdo. A motivação, o factor prático de um tópico e a coerência são valores máximos no novo modelo finlandês. “Precisamos de um tipo de educação diferente que realmente prepare as pessoas para o mercado de trabalho” justificou o responsável pela inovação da cidade de Helsínquia, Pasi Silander, ao Independent. “Os jovens já usam computadores avançados. No passado, os bancos tinham muitos funcionários a fazer cálculos, mas agora tudo mudou. Temos, portanto, de fazer as mudanças na educação necessárias para a indústria e sociedade modernas.”, acrescentou.
Apesar de tudo, esta reforma também tem sido alvo de críticas. Os professores, habituados a um sistema de ensino por disciplinas, iriam ser forçados a colaborar e depender de outros professores para cumprirem um plano curricular, dispersa pelas diversas áreas. Mas, para Pasi Silander, 70% dos professores das escolas básicas de Helsínquia já podem receber este novo modelo. Um dos adeptos e fundadores desta reforma, Marjo Kyllonen, chama a este novo modelo de “co-teaching” e assegura que existirão vários bónus aos professores de colaborarem nesta mudança. De momento este modelo está a ser testado. Por exemplo, algumas turmas de 16 anos já não têm disciplinas como Literatura Inglesa e Física. “Mudámos mesmo a mentalidade. É ligeiramente díficil convencer os professores a entrar na nova abordagem e a dar o primeiro passo. Mas quem colaborou connosco diz não querer voltar atrás.” assegura Silander. A ideia é ter este sistema aplicado em todo o país por volta de 2020".
NOTA
Texto publicado no "Observador".
Ilustração: Google Imagens.

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