Divulga a edição de hoje do DN-Madeira, em uma peça do Jornalista Élvio Passos, que o "SESARAM, Serviço Regional de Saúde da Região, quer "oferecer" unidade hospitalar". Lê-se que estão "a preparar o caminho para que a Unidade de Medicina Nuclear do Hospital Dr. Nélio Mendonça seja entregue a privados". Coexistem aqui uma série de questões que devem ser, no plano político, colocadas e respondidas. Desde logo a Região está a sete meses de eleições legislativas antecipadas, encontrando-se este governo em gestão. Perguntas face às quais os eleitores devem ser esclarecidos: o que se esconde por detrás desta medida? Qual o posicionamento do candidato do PSD sobre esta matéria? Está, politicamente, envolvido?
Qual a "verdade" substantiva desta opção? Como justifica o governo os investimentos e protocolos realizados face à alteração do paradigma de funcionamento? Em função da capacidade instalada na Região, de natureza privada, significará aquela opção que se preparam para recuar em todas as áreas que, permitam-me o termo, "rebentaram" com a resposta de qualidade e o conhecimento técnico e científico existente na Região? E se assim é, no plano político, quem são os responsáveis?
Sempre defendi que o serviço público ao direito à Saúde não está no sítio onde é prestado, mas na existência de resposta às necessidades da população. Neste pressuposto, ao governo deve competir a regulação a preços vantajosos para o Orçamento Regional. Parece-me óbvio. O que não é aceitável é inaugurar com pompa e circunstância, propagandear as vantagens da centralização, matar empresas, gerar desemprego especializado e, agora, depois do sector público tomar uma opção política, fazer uma nova opção estratégica. Isto é, depois de tudo "prontinho" recuar e entregar tais serviços a uma empresa. Politicamente, tudo isto não pode ser escondido. Tem de ter uma resposta convincente e transparente, porque os eleitores devem ser esclarecidos de todas as eventuais manobras e interesses.
Ilustração: Google Imagens.
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