Tendencialmente, a situação do desemprego tenderá a agravar-se com todas as consequências que daí derivam. O desemprego no sector privado e lá virá o dia do desemprego na função pública. Os milhões em dívida no sector público, por medidas insensatas ao longo de muitos anos, obviamente que serão traduzidas em cortes impostos pela República e pela "troika" que bem conhece o passado destes levianos políticos que têm governado a Região. Políticos que, 35 anos depois, continuam "inimputáveis". Continuam com as rédeas em uma mão e com o chicote na outra, montados em cima de um povo que perdeu o respeito por si próprio.
Eu não sei, porque essa não é a minha área de estudo, onde irão parar os números dos desemprego, mas que continuará a crescer, assustadoramente, disso não tenho dúvidas. As 18.600 pessoas registadas, na Madeira, no passado mês, pecam por defeito, simplesmente porque se está a falar de desemprego registado. Os valores são, certamente, muito superiores, se considerarmos, entre outras situações que não entram para esta contabilidade, os que saíram da Região à procura de emprego. Seja qual for o número que se aproxime da realidade, o que me parece é que esta situação está, politicamente, fora de controlo. Não se assiste a medidas de natureza económica susceptíveis de garantirem, a prazo, uma inversão da marcha avassaladora do despedimento. O presidente do governo foi o primeiro a reconhecer que não sabe o que fazer com os desempregados, por exemplo, da construção civil. E não sabe, neste sector com em todos os outros. Simplesmente porque a governação da Região assentou sempre em uma perspectiva de resultados imediatos e nunca, repito, nunca, em uma lógica económíca sustentável e portadora de futuro. Hoje, ele e todos os outros compadres de governo, todos quantos ao longo de muitos anos se vergaram à sua vontade, estão no meio do fogo que eles próprios atearam.
A propósito, nos últimos dias, tenho-me cruzado com alguns empresários. Tenho entrado em lojas para uma ou outra compra e o diálogo tem, inevitavelmente, caído nas vendas dos últimos meses e, especificamente, desta tradicional quadra festiva. Constrangem-me os depoimentos que escuto. Ainda esta manhã, no centro do Funchal, dizia-me um empresário, com uma longa e prestigiante carreira no comércio que, antes, as famílias trocavam presentes numa base quase individual. Depois, veio o tempo dos presentes por família e, agora, não oferecem e quando oferecem o valor da compra é mínimo, logo com reduzidas margens de lucro. Num tom quase desesperado disse-me: "comparativamente a outros tempos preciso, agora, mais de um mês para atingir o que antes facturava em quatro dias nesta época de Natal" (...) "Tenho vários colaboradores que me ajudaram ao longo dos anos, mas não sei o que fazer com eles, pois têm família...". Saí dali e entrei numa grande superfície comercial e numa loja multinacional bem conhecida. Um empregado que conheço há muito, jovem e competente, sem que lhe tivesse perguntado fosse o que fosse, adiantou-me: "isto está muito reles, não sei quanto, mas a quebra nas vendas é visível. Estou preocupado".
Ora, os desabafos desta natureza multiplicam-se a cada loja que se entre. O que significa que, tendencialmente, a situação do desemprego tenderá a agravar-se com todas as consequências que daí derivam. O desemprego no sector privado e lá virá o dia do desemprego na função pública. Os milhões em dívida no sector público, por medidas insensatas ao longo de muitos anos, obviamente que serão traduzidas em cortes impostos pela República e pela "troika" que bem conhece o passado destes levianos políticos que têm governado a Região. Políticos que, 35 anos depois, continuam "inimputáveis". Continuam com as rédeas em uma mão e com o chicote na outra, montados em cima de um povo que perdeu o respeito por si próprio. Nem colocam a exaustivo debate, na Assembleia, o plano de assistência financeira. E depois querem uma Assembleia com dignidade! O Natal das palhinhas, não a da Mensagem, não ajuda, pois não surte qualquer efeito na consciência dos direitos e dos deveres de cada um. E assim vamos...
Ilustração: Google Imagens.
Ora, os desabafos desta natureza multiplicam-se a cada loja que se entre. O que significa que, tendencialmente, a situação do desemprego tenderá a agravar-se com todas as consequências que daí derivam. O desemprego no sector privado e lá virá o dia do desemprego na função pública. Os milhões em dívida no sector público, por medidas insensatas ao longo de muitos anos, obviamente que serão traduzidas em cortes impostos pela República e pela "troika" que bem conhece o passado destes levianos políticos que têm governado a Região. Políticos que, 35 anos depois, continuam "inimputáveis". Continuam com as rédeas em uma mão e com o chicote na outra, montados em cima de um povo que perdeu o respeito por si próprio. Nem colocam a exaustivo debate, na Assembleia, o plano de assistência financeira. E depois querem uma Assembleia com dignidade! O Natal das palhinhas, não a da Mensagem, não ajuda, pois não surte qualquer efeito na consciência dos direitos e dos deveres de cada um. E assim vamos...
Ilustração: Google Imagens.
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