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sábado, 4 de fevereiro de 2017

COM A VERDADE SE ENGANA


“(...) Passados seis meses há uma verdade e é essa que continuaremos a informar e a esclarecer as famílias madeirenses as vezes que for necessário. Até ao momento, passados seis meses, todos os realojamentos feitos até à data foi por acção e intervenção do Governo Regional. Foram afectadas 251 habitações, estão no momento 113 apoiadas e 93 concluídas e recuperadas por acção e intervenção do Governo Regional”, disse Vânia Jesus, deputada do PSD-Madeira. É propaganda fácil e sem sentido. Afinal, existindo um governo regional AUTÓNOMO, pergunta-se, a quem é que competiria realojar e ou reabilitar? Ao governo da República, ultrapassando os órgãos de governo próprio da Região? Não, Senhora Deputada, não confunda as situações. Está definido, assumido e confirmado pela via institucional, que o governo da República assumirá todos os encargos; outra coisa é, localmente, fazer avançar tais processos, porque as pessoas não podem esperar. Se o governo regional não tem reserva financeira para acudir de imediato, então mal está o processo gestionário das finanças regionais. E sabe-se que está!


O curioso é que o governo da Madeira, que é tão célere a reivindicar direitos autonómicos, quando tudo está "preto no branco", opta por tocar sempre a mesma tecla, desde há 40 anos, a tecla do confronto desnecessário, fazendo confusão onde ela não existe. Esse foi chão que deu uvas! Já não dá, Senhora Deputada. Simplesmente porque inscreve-se na politiquice barata. As pessoas estão fartas disso. Também não deixa de ser curioso o caso da Segurança Social. Os governantes locais sabem que todos os apoios e subsídios são NACIONAIS. Até os próprios funcionários são pagos pela República. É assim e está certo. Mas quando toca a aparecer a dizer que, em 2016, Região "atribuiu" apoios sociais acima dos 40 milhões de euros, não se vislumbra a honestidade de dizer a proveniência do dinheiro para pagar o Rendimento Social de Inserção, Subsídio Social de Desemprego, Complemento Solidário para Idosos e pensões de Velhice, Invalidez e Sobrevivência, entre outros. Aparecem, de peito cheio, cumprimentando com o chapéu dos outros, como se o dinheirinho saísse dos cofres da Região por via do Orçamento Regional. Lamentável.
Ilustração: Google Imagens.

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