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quinta-feira, 23 de março de 2017

A SONDAGEM DEIXA O JOGO EM ABERTO. A APROXIMAÇÃO DO PS É A CONSEQUÊNCIA DO TRABALHO DO DEPUTADO CARLOS PEREIRA.


Já era tempo disto acontecer. Em defesa de todos nós. O refrescamento dos partidos que governam constitui um bom sinal do estado de saúde da Democracia. Quem está fora, desde que se apresente com qualidade, e isso percepciona-se ao longo dos anos, pelos estudos que apresenta e pela oportunidade e sensatez do discurso político, o povo acaba por conceder a oportunidade de governar. Quem se mantém no poder vinte, trinta, quarenta anos, é óbvio que ganha vícios, permite o crescimento de tenebrosas raízes, certos tipos de corrupção activa e passiva, entra em deslumbramento, tende a  dar passos superiores à perna, a esmagar e a silenciar, perseguir de modo subtil mas evidente, gerar uma cadeia de servis em função dos lugares que ocupam, enfim, os governos "duracel" constituem um perigo para a sobrevivência democrática. Entendo alguma longevidade quando as alternativas são frágeis e não convincentes. O que não tem sido o caso, na Madeira, em muitas ocasiões. 


O próprio caso açoriano merece alguma reflexão. Mas dos açorianos falem os que lá vivem. Experimentaram a alternativa e, certamente, voltarão a experimentá-la. Por aqui, quarenta e dois anos, sempre com o mesmo partido no governo, convenhamos que é tempo de uma mudança, de trazer a novidade, o projecto aglutinador e de desenvolvimento, que olhe para as pessoas e não para o umbigo político-partidário. Esta sondagem traz a esperança de um novo tempo corrector de comportamentos, onde seja sensível que o exercício da política corresponde a um serviço público à comunidade, balizado no tempo, e não uma forma de vida ou um caminho "profissional" como muitos acabam por fazer. Aliás, a inovação raramente está dentro, está sobretudo fora. Há centenas de pessoas habilitadas, em todos os sectores e áreas do conhecimento, que vivem no silêncio, mas que têm indiscutíveis competências técnico-científicas e políticas para gerar o estabelecimento das prioridades que necessitamos: no campo social, no espaço da economia e das finanças, no plano da agricultura e das pescas, no ambiente, na educação e na saúde. Resumir-se a uns quantos partidários que se revezam, que saltam daqui para ali e dali para acolá, é pobre e confrangedor. Por isso, é sempre bem-vinda a mudança de orientação. Estou-me a recordar das sete câmaras que mudaram de orientação política em 2013. Provou-se que não caiu o "Carmo e a Trindade", pelo contrário, as contas parece que entraram nos eixos e aquilo que é suposto uma câmara fazer, no essencial, foi realizado. Não vejo por aí grandes sinais de descontentamento, para além da óbvia luta partidária.
Para o resultado desta sondagem contribuiu, fundamentalmente, a forma como o Dr. Carlos Pereira tem conduzido o PS nos últimos anos. Escreveu um importante livro, A Herança, onde ficaram escalpelizados todos os aspectos da economia e das finanças da Madeira, o que atesta um largo conhecimento destas matérias fundamentais, gerou equilíbrios internos ao nível do partido e, sobretudo, foi oposição construtiva, com projecto, com discurso alternativo seguro e gerador de confiança. Não agrada a todos, mas quem é que tem esse condão? A maioria política não gosta dele porque nele vê uma ameaça, mas isso faz parte do jogo democrático. Agora, que as sondagens, valendo o que valem, não deixam dúvidas do trabalho feito, isso é incontornável. Carlos Pereira conseguiu em dois anos triplicar o resultado das últimas legislativas. É muito bom. Portanto, Carlos Pereira é o único da oposição com possibilidades de ganhar as próximas eleições. Depende da continuidade do trabalho e que cada um saiba estar no seu galho. 
Ilustração: Google Imagens. 

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