A história é simples: o cliente A do banco X procedeu a uma transferência para a empresa B do banco Y. Acontece que se enganou no IBAN. Detectado o erro, o cliente A solicitou ao seu banco para cancelar a transferência e proceder ao estorno. Por esta actuação, ao cliente do banco X foram-lhe cobrados € 40,00 e o "respectivo imposto de selo". Total: € 41,60!
Vamos lá ver, quero ser mais claro: o cliente sou eu e banco X é o Novo Banco. Presumo que esta forma de actuação está generalizada (conluiada) a toda a banca. Ora bem, não admira, pois, que a banca, diariamente, lucre mais de dez milhões. Trata-se de mais um facto que demonstra um claríssimo ASSALTO aos clientes.
No meu caso, igual a tantos outros, nem me valeu deles ser cliente há mais de 50 anos. Mais ainda, ter sido, repito, como outros, um cliente que não procedeu à transferência de depósitos aquando da vergonhosa má gestão do BES que levou à ruína de muitos clientes e à estrondosa queda do Banco Espírito Santo. Ali permaneci, pelo entendimento que os empregados precisavam de manter os postos de trabalho.
O erro cometido devia ser interpretado como um serviço prestado ao cliente (no âmbito da solidariedade entre as instituições bancárias), até porque, por um lado, são certamente escassos erros deste tipo (ninguém anda, intencionalmente, a se enganar no IBAN), por outro, porque todos os meses o banco cobra uma taxa designada por "manutenção de conta". Mas não, nós clientes somos números, sem história, que mesmo que reclamem, como vulgarmente se diz, tais vozes entram nos ouvidos dos banqueiros a 100 e saem a 200! Ninguém põe cobro a este e tantos outros abusos de uma banca gananciosa que nem um mínimo de respeito tem pelos contribuintes que, em vários casos, a salvou da bancarrota. Tenham, por favor, um mínimo de vergonha!
Ilustração: Google Imagens.
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