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quarta-feira, 30 de julho de 2008

ARENA DO MARÍTIMO... ARENA DA POBREZA POLÍTICA!

É um escândalo regional gastar 46 milhões de euros num estádio de futebol. Neste e em outros que por aí foram construídos, para gáudio de uns quantos, dirigentes deportivos, políticos e amigos do cimento. Em tempo de grave crise, com o governo em dificuldades para pagar a tempo e horas os seus compromissos, de substancial aumento da pobreza, de empresas que gerem com dificuldade o dia-a-dia, de crescimento do desemprego, de escolas com orçamentos reduzidos e sem capacidade de desenvolverem projectos educativos, quando as tabelas da acção social escolar são indecorosas, estes senhores oferecem, de mão beijada, 46 milhões de euros a uma entidade privada.
É evidente que a Madeira, julgo que ninguém coloca isso em causa, justifica um estádio. Agora, um estádio para cada um é gozar com o Povo e com as carências desta terra. Chumbaram, no Parlamento, um apoio suplementar aos pensionistas no valor de € 50,00, negaram a contagem do tempo de serviço congelado aos funcionários públicos por razões claramente economicistas e, logo depois, abrem os cordões à bolsa para "enterrar" mais de nove milhões de contos (aqui vamos) sem qualquer efeito a não ser o favorecimento da estupidificação.
Que se tenha presente o que se passa em Itália. Na cidade de Roma, o Estádio Olímpico é pertença da cidade e lá jogam o Roma e a Lázio. Neste estádio se jogará, em 2009, a final da Liga dos Campeões; na cidade de Milão, no Estádio Giuseppe Meazza, mais conhecido como San Siro, jogam o Inter e o Milão. Na Região Autónoma da Madeira, uma Região pobre e dependente, ficará com dois estádios pertença dos dois participantes na liga profissional, mas pagos pelo erário público.
Oh Povo, quando é que acordas para a realidade?

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