Sigo com muita atenção praticamente tudo, e muitas vezes releio, o que escrevem. Refiro-me a dois eminentes Padres madeirenses: Martins Júnior e José Luís Rodrigues. Aprecio a acutilância discursiva de quem serve o seu Povo, que o respeita e o convida a ver o outro lado das coisas. Aprecio quem se furta a lengalengas. Porque há sempre um outro lado, por vezes não descortinável, que só a sabedoria os desvenda com a simplicidade das palavras.
Foi o que me aconteceu esta tarde ao ler o texto do Padre José Luís sobre as Jornadas Mundiais da Juventude. A páginas tantas...
"(...) Enfim, esperava, ainda espero homilias frescas, curtas e incisivas como foram as do Papa Francisco. É tempo de uma vez por todas de se deixar de falar do céu e passarmos a falar da realidade concreta da vida, como disse o Papa Francisco no discurso que fez aos universitários quando citou Santo António. (...)"
Pois é. Sempre preferi ler os dignitários da Igreja à luz da PALAVRA contextualizada com a vida real. Sou do tempo do medo do inferno, do purgatório, do pecado, até através do pensamento, e vivo agora o tempo do Céu! Prefiro que dele não falem, mas que optem pelo discurso simples, construído por palavras fáceis de entender, por palavras libertadoras que coloquem em sentido "todos, todos, todos" os que infernizam a vida de uma imensa legião de pobres e de "remediados" como se dizia no tempo da ditadura.
De facto, não é preciso falar do Céu. Fundamental é fazer cumprir a PALAVRA doa a quem doer.
Obrigado Padre José Luís pela sua reflexão.
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